LEITURAS PARA A LITURGIA DAS PALMAS:
ANO A, Liturgia das Palmas: Mateus 21:1-11; Salmo 118:1-2,19-29
1 Jesus e seus discípulos se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, perto do monte das Oliveiras. Então Jesus enviou dois discípulos,
2 dizendo: «Vão até o povoado, que está na frente de vocês. E logo vão encontrar uma jumenta amarrada, e um jumentinho com ela. Desamarrem, e tragam os dois para mim.
3 Se alguém lhes falar alguma coisa, vocês dirão: ‘O Senhor precisa deles, mas logo os mandará de volta.’ «
4 Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo profeta:
5 «Digam à filha de Sião: eis que o seu rei está chegando até você. Ele é manso e está montado num jumento, num jumentinho, cria de um animal de carga.»
6 Os discípulos foram, e fizeram como Jesus tinha mandado.
7 Levaram a jumenta e o jumentinho, estenderam os mantos sobre eles, e Jesus montou.
8 Uma grande multidão estendeu seus mantos pelo caminho; outros cortaram ramos de árvores, e os espalharam pelo caminho.
9 As multidões, que iam na frente e atrás de Jesus, gritavam: «Hosana ao Filho de Davi! Bendito aquele que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto do céu!»
10 Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade ficou agitada, e perguntavam: «Quem é ele?»
11 E as multidões respondiam: «É o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia.»
Salmo 118:1-2,19-29 Confitemini Domino LOC
RENDAM graças ao SENHOR, porque ele é bom, * a sua misericórdia permanece para sempre.
2 Diga, pois, Israel * que sua misericórdia permanece para sempre.
19 Abri-me as portas da justiça * e eu entrarei por elas, louvando ao SENHOR.
20 Este é o pórtico do SENHOR * por ele pessoas justas entrarão.
21 Te darei graças por me haveres respondido, * pois és minha salvação.
22 A pedra que os edificadores rejeitaram * tornou-se a principal pedra angular.
23 Isto se fez por obra do SENHOR, * e é coisa maravilhosa aos nossos olhos.
24 Este é o dia que fez o SENHOR; * nele nos alegremos e regozijemos.
25 Salva-nos, rogo-te, ó SENHOR; * faze-nos prosperar, SENHOR, é minha súplica.
26 Bendito o que vem em nome do SENHOR; * da casa do SENHOR vos bendizemos.
27 O SENHOR é Deus poderoso e nos outorgou a dádiva da luz. * Preparem, pois, o sacrifício, colocando-o reverentemente sobre o altar.
28 Tu és o meu Deus e eu te darei graças; * tu és o meu Deus e eu te exaltarei.
29 Rendam graças ao SENHOR, porque ele é bom, * a sua misericórdia subsiste para sempre.
LEITURAS PARA A LITURGIA DA PAIXÃO - ANO A:
Isaías 50:4-9ª; Salmo 31:9-16 ; Filipenses 2:5-11; Mateus 26:14-27:66 ou Mateus 27:11-54
Isaías 50:4-9a
4 O Senhor Javé me deu a capacidade de falar como discípulo, para que eu saiba ajudar os desanimados com uma palavra de coragem. Toda manhã ele faz meus ouvidos ficar atentos para que eu possa ouvir como discípulo.
5 O Senhor Javé abriu meus ouvidos e eu não fiz resistência nem recuei.
6 Apresentei as costas para aqueles que me queriam bater e ofereci o queixo aos que me queriam arrancar a barba, e nem escondi o meu rosto dos insultos e escarros.
7 O Senhor Javé me ajuda, por isso não me sinto humilhado; endureço o meu rosto como pedra, porque sei que não vou me sentir fracassado.
8 Ao meu lado está aquele que me defende; quem vai demandar contra mim? Vamos juntos ao tribunal! Quem abriu um processo contra mim? Que venha me enfrentar!
9A Vejam! O Senhor Javé me ajuda: quem vai me condenar?
Salmo 31:9-16 In te, Domine, speravi LOC
9 Compadece-te de mim, porque estou atribulado; * estão consumidos de tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu corpo.
10 Minha vida está gasta de pesar e os meus anos de suspiros; * por causa da maldade desfalece minha força e meus ossos se consomem.
11 Me tornei uma vergonha por causa de quem é contra mim, especialmente entre minha vizinhança e as pessoas que me conhecem; * quem me via na rua fugia de mim.
12 De mim se esqueceram em seu coração; * sou como um vaso quebrado.
13 Ouvi a difamação de muitos, terror por todos os lados; enquanto consultavam contra mim, * tentaram tirar-me a vida.
14 Mas eu confiei em ti, SENHOR; * eu disse: Tu és o meu Deus.
15 Os meus dias estão nas tuas mãos; * livra-me de quem é contra mim e de quem me persegue.
16 Faz resplandecer tua face sobre quem te serve; * salva-me por tua benignidade.
Filipenses 2:5-11
5* Tenham em vocês os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo:
6 Ele tinha a condição divina, mas não se apegou a sua igualdade com Deus.
7 Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. Assim, apresentando-se como simples homem,
8 humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz!
9 Por isso, Deus o exaltou grandemente, e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome;
10 para que, ao nome de Jesus, se dobre todo joelho no céu, na terra e sob a terra;
11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.
Mateus 26:14-27:66
14 Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi aos chefes dos sacerdotes,
15 e disse: «O que é que vocês me darão para eu entregar Jesus a vocês?» Combinaram, então, trinta moedas de prata.
16 E a partir desse momento, Judas procurava uma boa oportunidade para entregar Jesus.
17 No primeiro dia dos ázimos, os discípulos se aproximaram de Jesus, e perguntaram: «Onde queres que façamos os preparativos para comermos a Páscoa?»
18 Jesus respondeu: «Vão à cidade, procurem certo homem, e lhe digam: ‘O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo, eu vou celebrar a Páscoa em sua casa, junto com os meus discípulos.’ «
19 Os discípulos fizeram como Jesus mandou, e prepararam a Páscoa.
20 Ao cair da tarde, Jesus se pôs à mesa, com os doze discípulos.
21 Enquanto comiam, Jesus disse: «Eu lhes garanto: um de vocês vai me trair.»
22 Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: «Senhor, será que sou eu?»
23 Jesus respondeu: «Quem vai me trair, é aquele que comigo põe a mão no prato.
24 O Filho do Homem vai morrer, conforme a Escritura fala a respeito dele. Porém, ai daquele que trair o Filho do Homem. Seria melhor que nunca tivesse nascido!»
25 Então Judas, o traidor, perguntou: «Mestre, será que sou eu?» Jesus lhe respondeu: «É como você acaba de dizer.»
26 Enquanto comiam, Jesus tomou um pão e, tendo pronunciado a bênção, o partiu, distribuiu aos discípulos, e disse: «Tomem e comam, isto é o meu corpo.»
27 Em seguida, tomou um cálice, agradeceu, e deu a eles dizendo: «Bebam dele todos,
28 pois isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados.
29 Eu lhes digo: de hoje em diante não beberei desse fruto da videira, até o dia em que, com vocês, beberei o vinho novo no reino do meu Pai.»
30 Depois de terem cantado salmos, foram para o monte das Oliveiras.
31 Então Jesus disse aos discípulos: «Esta noite vocês todos vão ficar desorientados por minha causa, porque a Escritura diz: ‘Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão’.
32 Mas depois de ressuscitar, eu irei à frente de vocês para a Galiléia.»
33 Pedro disse a Jesus: «Ainda que todos fiquem desorientados por tua causa, eu jamais ficarei.»
34 Jesus declarou: «Eu garanto a você: esta noite, antes que o galo cante, você me negará três vezes.»
35 Pedro respondeu: «Ainda que eu tenha de morrer contigo, mesmo assim não te negarei.» E todos os discípulos disseram a mesma coisa.
36 Então Jesus foi com eles a um lugar chamado Getsêmani. E disse aos discípulos: «Sentem-se aqui, enquanto eu vou até ali para rezar.»
37 Jesus levou consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, e começou a ficar triste e angustiado.
38 Então disse a eles: «Minha alma está numa tristeza de morte. Fiquem aqui e vigiem comigo.»
39 Jesus foi um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto por terra, e rezou: «Meu Pai, se é possível, afaste-se de mim este cálice. Contudo, não seja feito como eu quero, e sim como tu queres.»
40 Voltando para junto dos discípulos, Jesus encontrou-os dormindo. Disse a Pedro: «Como assim? Vocês não puderam vigiar nem sequer uma hora comigo?
41 Vigiem e rezem, para não caírem na tentação, porque o espírito está pronto, mas a carne é fraca.»
42 Jesus afastou-se pela segunda vez, e rezou: «Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, seja feita a tua vontade!»
43 Ele voltou de novo, e encontrou os discípulos dormindo, porque seus olhos estavam pesados de sono.
44 Deixando-os, Jesus afastou-se, e rezou pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras.
45 Então voltou para junto dos discípulos, e disse: «Agora vocês podem dormir e descansar. Olhem, a hora está chegando. Vejam: o Filho do Homem vai ser entregue ao poder dos pecadores.
46 Levantem-se! Vamos! Aquele que vai me trair já está chegando.»
47 Jesus ainda falava, quando chegou Judas, um dos Doze, com uma grande multidão armada de espadas e paus. Iam da parte dos chefes dos sacerdotes e dos anciãos do povo.
48 O traidor tinha combinado com eles um sinal, dizendo: «Jesus é aquele que eu beijar; prendam.»
49 Judas logo se aproximou de Jesus, e disse: «Salve, Mestre.» E o beijou.
50 Jesus lhe disse: «Amigo, faça logo o que tem a fazer.» Então os outros avançaram, lançaram as mãos sobre Jesus, e o prenderam.
51 Nesse momento, um dos que estavam com Jesus estendeu a mão, puxou da espada, e feriu o empregado do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha.
52 Jesus, porém, lhe disse: «Guarde a espada na bainha. Pois todos os que usam a espada, pela espada morrerão.
53 Ou você pensa que eu não poderia pedir socorro ao meu Pai? Ele me mandaria logo mais de doze legiões de anjos.
54 E, então, como se cumpririam as Escrituras, que dizem que isso deve acontecer?»
55 E nessa hora, Jesus disse às multidões: «Vocês saíram com espadas e paus para me prender, como se eu fosse um bandido. Todos os dias, no Templo, eu me sentava para ensinar, e vocês não me prenderam.»
56 Porém, tudo isso aconteceu para se cumprir o que os profetas escreveram. Então todos os discípulos, abandonando a Jesus, fugiram.
57 Aqueles que prenderam Jesus o levaram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os doutores da Lei e os anciãos estavam reunidos.
58 Pedro seguiu Jesus de longe, até o pátio da casa do sumo sacerdote. Entrou, e sentou-se com os guardas, para ver como terminaria tudo isso.
59 Ora, os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum falso testemunho contra Jesus, a fim de o condenarem à morte.
60 E nada encontraram, embora se apresentassem muitas falsas testemunhas. Por fim, se apresentaram duas testemunhas,
61 e afirmaram: «Esse homem declarou: ‘Posso destruir o Templo de Deus, e construí-lo de novo em três dias.’ «
62 Então o sumo sacerdote levantou-se, e perguntou a Jesus: «Nada tens a responder ao que esses testemunham contra ti?»
63 Mas Jesus continuou calado. E o sumo sacerdote disse: «Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Messias, o Filho de Deus.»
64 Jesus respondeu: «É como você acabou de dizer. Além disso, eu lhes digo: de agora em diante, vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do Todo-poderoso, e vindo sobre as nuvens do céu.»
65 Então o sumo sacerdote rasgou as próprias vestes, e disse: «Blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas? Pois agora mesmo vocês ouviram a blasfêmia.
66 O que vocês acham?» Responderam: «É réu de morte!»
67 Então cuspiram no rosto de Jesus, e o esbofetearam. Outros lhe deram bordoadas,
68 dizendo: «Faze-nos uma profecia, Messias: quem foi que te bateu?»
69 Pedro estava sentado fora, no pátio. Uma criada chegou perto dele, e disse: «Você também estava com Jesus, o galileu!»
70 Mas Pedro negou diante de todos: «Não sei o que você está dizendo.»
71 E saiu para a entrada do pátio. Então outra criada viu Pedro, e disse aos que aí estavam: «Esse também estava com Jesus, o Nazareno.»
72 Pedro negou outra vez, jurando: «Nem conheço esse homem!»
73 Pouco depois, os que aí estavam aproximaram-se de Pedro, e disseram: «É claro que você também é um deles, pois o seu modo de falar o denuncia.»
74 Então Pedro começou a maldizer e a jurar, dizendo: «Nem conheço esse homem!» Nesse instante, o galo cantou.
75 Pedro se lembrou então do que Jesus tinha dito: «Antes que o galo cante, você me negará três vezes.» E, saindo, chorou amargamente.
Mateus 27:1-66
1 De manhã cedo, todos os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo convocaram um conselho contra Jesus, para o condenarem à morte.
2 Eles o amarraram e o levaram, e o entregaram a Pilatos, o governador.
3 Então Judas, o traidor, ao ver que Jesus fora condenado, sentiu remorso, e foi devolver as trinta moedas de prata aos chefes dos sacerdotes e anciãos,
4 dizendo: «Pequei, entregando à morte sangue inocente.» Eles responderam: «E o que temos nós com isso? O problema é seu.»
5 Judas jogou as moedas no santuário, saiu, e foi enforcar-se.
6 Recolhendo as moedas, os chefes dos sacerdotes disseram: «É contra a Lei colocá-las no tesouro do Templo, porque é preço de sangue.»
7 Então discutiram em conselho, e as deram em troca pelo Campo do Oleiro, para aí fazer o cemitério dos estrangeiros.
8 É por isso que esse campo até hoje é chamado de «Campo de Sangue.»
9 Assim se cumpriu o que tinha dito o profeta Jeremias: «Eles pegaram as trinta moedas de prata - preço com que os israelitas o avaliaram -
10 e as deram em troca pelo Campo do Oleiro, conforme o Senhor me ordenou.»
11 Jesus foi posto diante do governador, e este o interrogou: «Tu és o rei dos judeus?» Jesus declarou: «É você que está dizendo isso.»
12 E nada respondeu quando foi acusado pelos chefes dos sacerdotes e anciãos.
13 Então Pilatos perguntou: «Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?»
14 Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou vivamente impressionado.
15 Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse.
16 Nessa ocasião tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás.
17 Então Pilatos perguntou à multidão reunida: «Quem vocês querem que eu solte: Barrabás, ou Jesus, que chamam de Messias?»
18 De fato, Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja.
19 Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele: «Não se envolva com esse justo, porque esta noite, em sonhos, sofri muito por causa dele.»
20 Porém os chefes dos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás, e que fizessem Jesus morrer.
21 O governador tornou a perguntar: «Qual dos dois vocês querem que eu solte?» Eles gritaram: «Barrabás.»
22 Pilatos perguntou: «E o que vou fazer com Jesus, que chamam de Messias?» Todos gritaram: «Seja crucificado!»
23 Pilatos falou: «Mas que mal fez ele?» Eles, porém, gritaram com mais força: «Seja crucificado!»
24 Pilatos viu que nada conseguia, e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse: «Eu não sou responsável pelo sangue desse homem. É um problema de vocês.»
25 O povo todo respondeu: «Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos.»
26 Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e o entregou para ser crucificado.
27 Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta de Jesus.
28 Tiraram a roupa dele, e o vestiram com um manto vermelho;
29 depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram dele, dizendo: «Salve, rei dos judeus!»
30 Cuspiram nele e, pegando a vara, bateram na sua cabeça.
31 Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho, e o vestiram de novo com as próprias roupas dele; daí o levaram para crucificar.
32 Quando saíram, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus.
33 E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer «lugar da Caveira.»
34 Aí deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber.
35 Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas dele.
36 E ficaram aí sentados, montando guarda.
37 Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação: «Este é Jesus, o Rei dos Judeus.»
38 Com Jesus, crucificaram também dois ladrões, um à direita e outro à esquerda.
39 As pessoas que passavam por aí, o insultavam, balançando a cabeça,
40 e dizendo: «Tu que ias destruir o Templo, e construí-lo em três dias, salve-te a ti mesmo! Se é o Filho de Deus, desce da cruz!»
41 Do mesmo modo, os chefes dos sacerdotes, junto com os doutores da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus:
42 «A outros ele salvou... A si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz, e acreditaremos nele.
43 Confiou em Deus; que Deus o livre agora, se é que o ama! Pois ele disse: Eu sou Filho de Deus.»
44 Do mesmo modo, também os dois bandidos que foram crucificados com Jesus o insultavam.
45 Desde o meio-dia até às três horas da tarde houve escuridão sobre toda a terra.
46 Pelas três horas da tarde Jesus deu um forte grito: «Eli, Eli, lamá sabactâni?», isto é: «Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?»
47 Alguns dos que aí estavam, ouvindo isso, disseram: «Ele está chamando Elias!»
48 E logo um deles foi correndo pegar uma esponja, a ensopou em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e deu para Jesus beber.
49 Outros, porém, disseram: «Deixe, vamos ver se Elias vem salvá-lo!»
50 Então Jesus deu outra vez um forte grito, e entregou o espírito.
51 Imediatamente a cortina do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu, e as pedras se partiram.
52 Os túmulos se abriram e muitos santos falecidos ressuscitaram.
53 Saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa, e foram vistos por muitas pessoas.
54 O oficial e o soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo o que havia acontecido, ficaram com muito medo, e disseram: «De fato, ele era mesmo Filho de Deus!»
55 Grande número de mulheres estavam aí, olhando de longe. Elas haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia, prestando-lhe serviços.
56 Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.
57 Ao entardecer, chegou um homem rico de Arimatéia, chamado José, que também se tornara discípulo de Jesus.
58 Ele foi procurar Pilatos, e pediu o corpo de Jesus. Então Pilatos deu ordem para que o cadáver fosse entregue a José.
59 José, tomando o corpo, o envolveu num lençol limpo, 60 e o colocou num túmulo novo, que ele mesmo havia mandado escavar na rocha. Em seguida, rolou uma grande pedra para fechar a entrada do túmulo, e retirou-se.
61 Maria Madalena e a outra Maria estavam aí sentadas, em frente ao sepulcro.
62 No dia seguinte, um dia depois da Preparação, os chefes dos sacerdotes e os fariseus foram ter com Pilatos,
63 e disseram: «Senhor, nós lembramos que aquele impostor, quando ainda estava vivo, falou: ‘Depois de três dias eu ressuscitarei’.
64 Portanto, mande guardar o sepulcro até o terceiro dia, para não acontecer que os discípulos venham roubar o corpo, e digam ao povo: ‘Ele ressuscitou dos mortos!’ Então essa última mentira seria pior do que a primeira.»
65 Pilatos respondeu: «Vocês têm uma guarda: vão e guardem o sepulcro o melhor que puderem.»
66 Então eles foram manter o sepulcro em segurança: lacraram a pedra, e montaram guarda.
ou
Mateus 27:11-54
11 Jesus foi posto diante do governador, e este o interrogou: «Tu és o rei dos judeus?» Jesus declarou: «É você que está dizendo isso.»
12 E nada respondeu quando foi acusado pelos chefes dos sacerdotes e anciãos.
13 Então Pilatos perguntou: «Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?»
14 Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou vivamente impressionado.
15 Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse.
16 Nessa ocasião tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás.
17 Então Pilatos perguntou à multidão reunida: «Quem vocês querem que eu solte: Barrabás, ou Jesus, que chamam de Messias?»
18 De fato, Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja.
19 Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele: «Não se envolva com esse justo, porque esta noite, em sonhos, sofri muito por causa dele.»
20 Porém os chefes dos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás, e que fizessem Jesus morrer.
21 O governador tornou a perguntar: «Qual dos dois vocês querem que eu solte?» Eles gritaram: «Barrabás.»
22 Pilatos perguntou: «E o que vou fazer com Jesus, que chamam de Messias?» Todos gritaram: «Seja crucificado!»
23 Pilatos falou: «Mas que mal fez ele?» Eles, porém, gritaram com mais força: «Seja crucificado!»
24 Pilatos viu que nada conseguia, e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse: «Eu não sou responsável pelo sangue desse homem. É um problema de vocês.»
25 O povo todo respondeu: «Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos.»
26 Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e o entregou para ser crucificado.
27 Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta de Jesus.
28 Tiraram a roupa dele, e o vestiram com um manto vermelho;
29 depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram dele, dizendo: «Salve, rei dos judeus!»
30 Cuspiram nele e, pegando a vara, bateram na sua cabeça.
31 Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho, e o vestiram de novo com as próprias roupas dele; daí o levaram para crucificar.
32 Quando saíram, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus.
33 E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer «lugar da Caveira.»
34 Aí deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber.
35 Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas dele.
36 E ficaram aí sentados, montando guarda.
37 Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação: «Este é Jesus, o Rei dos Judeus.»
38 Com Jesus, crucificaram também dois ladrões, um à direita e outro à esquerda.
39 As pessoas que passavam por aí, o insultavam, balançando a cabeça,
40 e dizendo: «Tu que ias destruir o Templo, e construí-lo em três dias, salve-te a ti mesmo! Se é o Filho de Deus, desce da cruz!»
41 Do mesmo modo, os chefes dos sacerdotes, junto com os doutores da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus:
42 «A outros ele salvou... A si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz, e acreditaremos nele.
43 Confiou em Deus; que Deus o livre agora, se é que o ama! Pois ele disse: Eu sou Filho de Deus.»
44 Do mesmo modo, também os dois bandidos que foram crucificados com Jesus o insultavam.
45 Desde o meio-dia até às três horas da tarde houve escuridão sobre toda a terra.
46 Pelas três horas da tarde Jesus deu um forte grito: «Eli, Eli, lamá sabactâni?», isto é: «Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?»
47 Alguns dos que aí estavam, ouvindo isso, disseram: «Ele está chamando Elias!»
48 E logo um deles foi correndo pegar uma esponja, a ensopou em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e deu para Jesus beber.
49 Outros, porém, disseram: «Deixe, vamos ver se Elias vem salvá-lo!»
50 Então Jesus deu outra vez um forte grito, e entregou o espírito.
51 Imediatamente a cortina do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu, e as pedras se partiram.
52 Os túmulos se abriram e muitos santos falecidos ressuscitaram.
53 Saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa, e foram vistos por muitas pessoas.
54 O oficial e o soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo o que havia acontecido, ficaram com muito medo, e disseram: «De fato, ele era mesmo Filho de Deus!»
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Marcos 11:1-11
1 Jesus e seus discípulos se aproximaram de Jerusalém, diante de Betfagé e de Betânia, perto do monte das Oliveiras. Então Jesus enviou dois discípulos,
2 dizendo: «Vão até o povoado que está na frente de vocês, e logo que vocês entrarem aí, vão encontrar amarrado um jumentinho que nunca foi montado; desamarrem o animal e tragam aqui.
3 Se alguém lhes falar: ‘Por que estão fazendo isso?’, digam: ‘O Senhor precisa dele, mas logo o devolverá.»
4 Então eles foram e encontraram um jumentinho amarrado, do lado de fora, na rua, junto de uma porta, e o desamarraram.
5 Algumas pessoas que aí estavam disseram: «O que vocês estão fazendo, desamarrando o jumentinho?»
6 Os discípulos responderam como Jesus havia dito, e então permitiram que fizessem isso.
7 Então levaram o jumentinho a Jesus, colocaram os próprios mantos sobre ele, e Jesus montou.
8 E muitas pessoas estenderam seus mantos pelo caminho; outros puseram ramos que haviam apanhado nos campos.
9 Os que iam na frente e os que seguiam gritavam: «Hosana! Bendito aquele que vem em nome do Senhor!
10 Bendito seja o Reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana no mais alto do céu!»
11 Jesus entrou em Jerusalém, no Templo, e olhou tudo ao redor. Mas, como já era tarde, saiu para Betânia com os Doze.
ou
João 12:12-16
12 No dia seguinte, a grande multidão que tinha ido para a festa ouviu dizer que Jesus estava chegando a Jerusalém.
13 Então apanharam ramos de palmeira e saíram ao encontro de Jesus, gritando: «Hosana! Bendito aquele que vem em nome do Senhor, o rei de Israel!»
14 Jesus, encontrando um jumentinho, montou nele, como está dito na Escritura:
15 «Não tenha medo, cidade de Sião. Eis que o seu rei está chegando, montado num jumentinho!»
16 Nesse momento, os discípulos não entenderam o que estava acontecendo. Mas quando Jesus foi glorificado, eles se lembraram que haviam feito com Jesus aquilo que a Escritura dizia.
Salmos Litúrgicos Livro V Vigésimo Quarto Dia: Oração Matutina
Salmo 118:1-2,19-29 Confitemini Domino
RENDAM graças ao SENHOR, porque ele é bom, * a sua misericórdia permanece para sempre.
2 Diga, pois, Israel * que sua misericórdia permanece para sempre.
19 Abri-me as portas da justiça * e eu entrarei por elas, louvando ao SENHOR.
20 Este é o pórtico do SENHOR * por ele pessoas justas entrarão.
21 Te darei graças por me haveres respondido, * pois és minha salvação.
22 A pedra que os edificadores rejeitaram * tornou-se a principal pedra angular.
23 Isto se fez por obra do SENHOR, * e é coisa maravilhosa aos nossos olhos.
24 Este é o dia que fez o SENHOR; * nele nos alegremos e regozijemos.
25 Salva-nos, rogo-te, ó SENHOR; * faze-nos prosperar, SENHOR, é minha súplica.
26 Bendito o que vem em nome do SENHOR; * da casa do SENHOR vos bendizemos.
27 O SENHOR é Deus poderoso e nos outorgou a dádiva da luz. * Preparem, pois, o sacrifício, colocando-o reverentemente sobre o altar.
28 Tu és o meu Deus e eu te darei graças; * tu és o meu Deus e eu te exaltarei.
29 Rendam graças ao SENHOR, porque ele é bom, * a sua misericórdia subsiste para sempre.
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ANO C, Liturgia das Palmas: Lucas 19:28-40; Salmo 118:1-2,19-29
Lucas 19:28-40
28 Depois de dizer essas coisas, Jesus partiu na frente deles, subindo para Jerusalém.
29 Quando Jesus se aproximou de Betfagé e de Betânia, perto do chamado monte das Oliveiras, enviou dois discípulos,
30 dizendo: «Vão até o povoado em frente. Quando vocês entrarem aí, vão encontrar, amarrado, um jumentinho que nunca foi montado. Desamarrem o animal e o tragam.
31 Se alguém lhes perguntar: ‘Por que vocês o estão desamarrando?’ vocês responderão: ‘Porque o Senhor precisa dele’.»
32 Os discípulos foram, e encontraram as coisas como Jesus havia dito.
33 Quando eles estavam desamarrando o jumentinho, os donos perguntaram: «Por que vocês estão desamarrando o jumentinho?»
34 Os discípulos responderam: «Porque o Senhor precisa dele.»
35 Então levaram o jumentinho a Jesus. Colocaram os próprios mantos sobre o jumentinho e fizeram Jesus montar.
36 Enquanto caminhavam, as pessoas estendiam os próprios mantos pelo caminho.
37 Quando Jesus estava junto à descida do monte das Oliveiras, toda a multidão de discípulos começaram, alegres, a louvar a Deus em voz alta, por todos os milagres que tinham visto.
38 E dizia: «Bendito seja aquele que vem como Rei, em nome do Senhor! Paz no céu e glória no mais alto do céu.»
39 No meio da multidão, alguns fariseus disseram a Jesus: «Mestre, manda que teus discípulos se calem.»
40 Jesus respondeu: «Eu digo a vocês: se eles se calarem, as pedras gritarão.»
Salmos Litúrgicos Livro V Vigésimo Quarto Dia: Oração Matutina
Salmo 118:1-2,19-29 Confitemini Domino
RENDAM graças ao SENHOR, porque ele é bom, * a sua misericórdia permanece para sempre.
2 Diga, pois, Israel * que sua misericórdia permanece para sempre.
19 Abri-me as portas da justiça * e eu entrarei por elas, louvando ao SENHOR.
20 Este é o pórtico do SENHOR * por ele pessoas justas entrarão.
21 Te darei graças por me haveres respondido, * pois és minha salvação.
22 A pedra que os edificadores rejeitaram * tornou-se a principal pedra angular.
23 Isto se fez por obra do SENHOR, * e é coisa maravilhosa aos nossos olhos.
24 Este é o dia que fez o SENHOR; * nele nos alegremos e regozijemos.
25 Salva-nos, rogo-te, ó SENHOR; * faze-nos prosperar, SENHOR, é minha súplica.
26 Bendito o que vem em nome do SENHOR; * da casa do SENHOR vos bendizemos.
27 O SENHOR é Deus poderoso e nos outorgou a dádiva da luz. * Preparem, pois, o sacrifício, colocando-o reverentemente sobre o altar.
28 Tu és o meu Deus e eu te darei graças; * tu és o meu Deus e eu te exaltarei.
29 Rendam graças ao SENHOR, porque ele é bom, * a sua misericórdia subsiste para sempre.
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LEITURAS PARA A LITURGIA DA PAIXÃO:
ANO A, Liturgia da Paixão: Isaías 50:4-9ª; Salmo 31:9-16 ; Filipenses 2:5-11; Mateus 26:14-27:66 ou Mateus 27:11-54
Isaías 50:4-9A
4 O Senhor Javé me deu a capacidade de falar como discípulo, para que eu saiba ajudar os desanimados com uma palavra de coragem. Toda manhã ele faz meus ouvidos ficar atentos para que eu possa ouvir como discípulo.
5 O Senhor Javé abriu meus ouvidos e eu não fiz resistência nem recuei.
6 Apresentei as costas para aqueles que me queriam bater e ofereci o queixo aos que me queriam arrancar a barba, e nem escondi o meu rosto dos insultos e escarros.
7 O Senhor Javé me ajuda, por isso não me sinto humilhado; endureço o meu rosto como pedra, porque sei que não vou me sentir fracassado.
8 Ao meu lado está aquele que me defende; quem vai demandar contra mim? Vamos juntos ao tribunal! Quem abriu um processo contra mim? Que venha me enfrentar!
9A Vejam! O Senhor Javé me ajuda: quem vai me condenar?
Salmos Litúrgicos
Livro 1 Sexto Dia: Oração Matutina
Salmo 31:9-16 In te, Domine, speravi
9 Compadece-te de mim, porque estou atribulado; * estão consumidos de tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu corpo.
10 Minha vida está gasta de pesar e os meus anos de suspiros; * por causa da maldade desfalece minha força e meus ossos se consomem.
11 Me tornei uma vergonha por causa de quem é contra mim, especialmente entre minha vizinhança e as pessoas que me conhecem; * quem me via na rua fugia de mim.
12 De mim se esqueceram em seu coração; * sou como um vaso quebrado.
13 Ouvi a difamação de muitos, terror por todos os lados; enquanto consultavam contra mim, * tentaram tirar-me a vida.
14 Mas eu confiei em ti, SENHOR; * eu disse: Tu és o meu Deus.
15 Os meus dias estão nas tuas mãos; * livra-me de quem é contra mim e de quem me persegue.
16 Faz resplandecer tua face sobre quem te serve; * salva-me por tua benignidade.
Filipenses 2:5-11
5* Tenham em vocês os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo:
6 Ele tinha a condição divina, mas não se apegou a sua igualdade com Deus.
7 Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. Assim, apresentando-se como simples homem,
8 humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz!
9 Por isso, Deus o exaltou grandemente, e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome;
10 para que, ao nome de Jesus, se dobre todo joelho no céu, na terra e sob a terra;
11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.
Mateus 26:14-27:66
14 Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi aos chefes dos sacerdotes,
15 e disse: «O que é que vocês me darão para eu entregar Jesus a vocês?» Combinaram, então, trinta moedas de prata.
16 E a partir desse momento, Judas procurava uma boa oportunidade para entregar Jesus.
17 No primeiro dia dos ázimos, os discípulos se aproximaram de Jesus, e perguntaram: «Onde queres que façamos os preparativos para comermos a Páscoa?»
18 Jesus respondeu: «Vão à cidade, procurem certo homem, e lhe digam: ‘O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo, eu vou celebrar a Páscoa em sua casa, junto com os meus discípulos.’ «
19 Os discípulos fizeram como Jesus mandou, e prepararam a Páscoa.
20 Ao cair da tarde, Jesus se pôs à mesa, com os doze discípulos.
21 Enquanto comiam, Jesus disse: «Eu lhes garanto: um de vocês vai me trair.»
22 Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: «Senhor, será que sou eu?»
23 Jesus respondeu: «Quem vai me trair, é aquele que comigo põe a mão no prato.
24 O Filho do Homem vai morrer, conforme a Escritura fala a respeito dele. Porém, ai daquele que trair o Filho do Homem. Seria melhor que nunca tivesse nascido!»
25 Então Judas, o traidor, perguntou: «Mestre, será que sou eu?» Jesus lhe respondeu: «É como você acaba de dizer.»
26 Enquanto comiam, Jesus tomou um pão e, tendo pronunciado a bênção, o partiu, distribuiu aos discípulos, e disse: «Tomem e comam, isto é o meu corpo.»
27 Em seguida, tomou um cálice, agradeceu, e deu a eles dizendo: «Bebam dele todos,
28 pois isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados.
29 Eu lhes digo: de hoje em diante não beberei desse fruto da videira, até o dia em que, com vocês, beberei o vinho novo no reino do meu Pai.»
30 Depois de terem cantado salmos, foram para o monte das Oliveiras.
31 Então Jesus disse aos discípulos: «Esta noite vocês todos vão ficar desorientados por minha causa, porque a Escritura diz: ‘Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão’.
32 Mas depois de ressuscitar, eu irei à frente de vocês para a Galiléia.»
33 Pedro disse a Jesus: «Ainda que todos fiquem desorientados por tua causa, eu jamais ficarei.»
34 Jesus declarou: «Eu garanto a você: esta noite, antes que o galo cante, você me negará três vezes.»
35 Pedro respondeu: «Ainda que eu tenha de morrer contigo, mesmo assim não te negarei.» E todos os discípulos disseram a mesma coisa.
36 Então Jesus foi com eles a um lugar chamado Getsêmani. E disse aos discípulos: «Sentem-se aqui, enquanto eu vou até ali para rezar.»
37 Jesus levou consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, e começou a ficar triste e angustiado.
38 Então disse a eles: «Minha alma está numa tristeza de morte. Fiquem aqui e vigiem comigo.»
39 Jesus foi um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto por terra, e rezou: «Meu Pai, se é possível, afaste-se de mim este cálice. Contudo, não seja feito como eu quero, e sim como tu queres.»
40 Voltando para junto dos discípulos, Jesus encontrou-os dormindo. Disse a Pedro: «Como assim? Vocês não puderam vigiar nem sequer uma hora comigo?
41 Vigiem e rezem, para não caírem na tentação, porque o espírito está pronto, mas a carne é fraca.»
42 Jesus afastou-se pela segunda vez, e rezou: «Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, seja feita a tua vontade!»
43 Ele voltou de novo, e encontrou os discípulos dormindo, porque seus olhos estavam pesados de sono.
44 Deixando-os, Jesus afastou-se, e rezou pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras.
45 Então voltou para junto dos discípulos, e disse: «Agora vocês podem dormir e descansar. Olhem, a hora está chegando. Vejam: o Filho do Homem vai ser entregue ao poder dos pecadores.
46 Levantem-se! Vamos! Aquele que vai me trair já está chegando.»
47 Jesus ainda falava, quando chegou Judas, um dos Doze, com uma grande multidão armada de espadas e paus. Iam da parte dos chefes dos sacerdotes e dos anciãos do povo.
48 O traidor tinha combinado com eles um sinal, dizendo: «Jesus é aquele que eu beijar; prendam.»
49 Judas logo se aproximou de Jesus, e disse: «Salve, Mestre.» E o beijou.
50 Jesus lhe disse: «Amigo, faça logo o que tem a fazer.» Então os outros avançaram, lançaram as mãos sobre Jesus, e o prenderam.
51 Nesse momento, um dos que estavam com Jesus estendeu a mão, puxou da espada, e feriu o empregado do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha.
52 Jesus, porém, lhe disse: «Guarde a espada na bainha. Pois todos os que usam a espada, pela espada morrerão.
53 Ou você pensa que eu não poderia pedir socorro ao meu Pai? Ele me mandaria logo mais de doze legiões de anjos.
54 E, então, como se cumpririam as Escrituras, que dizem que isso deve acontecer?»
55 E nessa hora, Jesus disse às multidões: «Vocês saíram com espadas e paus para me prender, como se eu fosse um bandido. Todos os dias, no Templo, eu me sentava para ensinar, e vocês não me prenderam.»
56 Porém, tudo isso aconteceu para se cumprir o que os profetas escreveram. Então todos os discípulos, abandonando a Jesus, fugiram.
57 Aqueles que prenderam Jesus o levaram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os doutores da Lei e os anciãos estavam reunidos.
58 Pedro seguiu Jesus de longe, até o pátio da casa do sumo sacerdote. Entrou, e sentou-se com os guardas, para ver como terminaria tudo isso.
59 Ora, os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum falso testemunho contra Jesus, a fim de o condenarem à morte.
60 E nada encontraram, embora se apresentassem muitas falsas testemunhas. Por fim, se apresentaram duas testemunhas,
61 e afirmaram: «Esse homem declarou: ‘Posso destruir o Templo de Deus, e construí-lo de novo em três dias.’ «
62 Então o sumo sacerdote levantou-se, e perguntou a Jesus: «Nada tens a responder ao que esses testemunham contra ti?»
63 Mas Jesus continuou calado. E o sumo sacerdote disse: «Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Messias, o Filho de Deus.»
64 Jesus respondeu: «É como você acabou de dizer. Além disso, eu lhes digo: de agora em diante, vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do Todo-poderoso, e vindo sobre as nuvens do céu.»
65 Então o sumo sacerdote rasgou as próprias vestes, e disse: «Blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas? Pois agora mesmo vocês ouviram a blasfêmia.
66 O que vocês acham?» Responderam: «É réu de morte!»
67 Então cuspiram no rosto de Jesus, e o esbofetearam. Outros lhe deram bordoadas,
68 dizendo: «Faze-nos uma profecia, Messias: quem foi que te bateu?»
69 Pedro estava sentado fora, no pátio. Uma criada chegou perto dele, e disse: «Você também estava com Jesus, o galileu!»
70 Mas Pedro negou diante de todos: «Não sei o que você está dizendo.»
71 E saiu para a entrada do pátio. Então outra criada viu Pedro, e disse aos que aí estavam: «Esse também estava com Jesus, o Nazareno.»
72 Pedro negou outra vez, jurando: «Nem conheço esse homem!»
73 Pouco depois, os que aí estavam aproximaram-se de Pedro, e disseram: «É claro que você também é um deles, pois o seu modo de falar o denuncia.»
74 Então Pedro começou a maldizer e a jurar, dizendo: «Nem conheço esse homem!» Nesse instante, o galo cantou.
75 Pedro se lembrou então do que Jesus tinha dito: «Antes que o galo cante, você me negará três vezes.» E, saindo, chorou amargamente.
Mateus 27:1-66
1 De manhã cedo, todos os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo convocaram um conselho contra Jesus, para o condenarem à morte.
2 Eles o amarraram e o levaram, e o entregaram a Pilatos, o governador.
3 Então Judas, o traidor, ao ver que Jesus fora condenado, sentiu remorso, e foi devolver as trinta moedas de prata aos chefes dos sacerdotes e anciãos,
4 dizendo: «Pequei, entregando à morte sangue inocente.» Eles responderam: «E o que temos nós com isso? O problema é seu.»
5 Judas jogou as moedas no santuário, saiu, e foi enforcar-se.
6 Recolhendo as moedas, os chefes dos sacerdotes disseram: «É contra a Lei colocá-las no tesouro do Templo, porque é preço de sangue.»
7 Então discutiram em conselho, e as deram em troca pelo Campo do Oleiro, para aí fazer o cemitério dos estrangeiros.
8 É por isso que esse campo até hoje é chamado de «Campo de Sangue.»
9 Assim se cumpriu o que tinha dito o profeta Jeremias: «Eles pegaram as trinta moedas de prata - preço com que os israelitas o avaliaram -
10 e as deram em troca pelo Campo do Oleiro, conforme o Senhor me ordenou.»
11 Jesus foi posto diante do governador, e este o interrogou: «Tu és o rei dos judeus?» Jesus declarou: «É você que está dizendo isso.»
12 E nada respondeu quando foi acusado pelos chefes dos sacerdotes e anciãos.
13 Então Pilatos perguntou: «Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?»
14 Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou vivamente impressionado.
15 Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse.
16 Nessa ocasião tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás.
17 Então Pilatos perguntou à multidão reunida: «Quem vocês querem que eu solte: Barrabás, ou Jesus, que chamam de Messias?»
18 De fato, Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja.
19 Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele: «Não se envolva com esse justo, porque esta noite, em sonhos, sofri muito por causa dele.»
20 Porém os chefes dos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás, e que fizessem Jesus morrer.
21 O governador tornou a perguntar: «Qual dos dois vocês querem que eu solte?» Eles gritaram: «Barrabás.»
22 Pilatos perguntou: «E o que vou fazer com Jesus, que chamam de Messias?» Todos gritaram: «Seja crucificado!»
23 Pilatos falou: «Mas que mal fez ele?» Eles, porém, gritaram com mais força: «Seja crucificado!»
24 Pilatos viu que nada conseguia, e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse: «Eu não sou responsável pelo sangue desse homem. É um problema de vocês.»
25 O povo todo respondeu: «Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos.»
26 Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e o entregou para ser crucificado.
27 Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta de Jesus.
28 Tiraram a roupa dele, e o vestiram com um manto vermelho;
29 depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram dele, dizendo: «Salve, rei dos judeus!»
30 Cuspiram nele e, pegando a vara, bateram na sua cabeça.
31 Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho, e o vestiram de novo com as próprias roupas dele; daí o levaram para crucificar.
32 Quando saíram, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus.
33 E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer «lugar da Caveira.»
34 Aí deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber.
35 Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas dele.
36 E ficaram aí sentados, montando guarda.
37 Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação: «Este é Jesus, o Rei dos Judeus.»
38 Com Jesus, crucificaram também dois ladrões, um à direita e outro à esquerda.
39 As pessoas que passavam por aí, o insultavam, balançando a cabeça,
40 e dizendo: «Tu que ias destruir o Templo, e construí-lo em três dias, salve-te a ti mesmo! Se é o Filho de Deus, desce da cruz!»
41 Do mesmo modo, os chefes dos sacerdotes, junto com os doutores da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus:
42 «A outros ele salvou... A si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz, e acreditaremos nele.
43 Confiou em Deus; que Deus o livre agora, se é que o ama! Pois ele disse: Eu sou Filho de Deus.»
44 Do mesmo modo, também os dois bandidos que foram crucificados com Jesus o insultavam.
45 Desde o meio-dia até às três horas da tarde houve escuridão sobre toda a terra.
46 Pelas três horas da tarde Jesus deu um forte grito: «Eli, Eli, lamá sabactâni?», isto é: «Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?»
47 Alguns dos que aí estavam, ouvindo isso, disseram: «Ele está chamando Elias!»
48 E logo um deles foi correndo pegar uma esponja, a ensopou em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e deu para Jesus beber.
49 Outros, porém, disseram: «Deixe, vamos ver se Elias vem salvá-lo!»
50 Então Jesus deu outra vez um forte grito, e entregou o espírito.
51 Imediatamente a cortina do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu, e as pedras se partiram.
52 Os túmulos se abriram e muitos santos falecidos ressuscitaram.
53 Saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa, e foram vistos por muitas pessoas.
54 O oficial e o soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo o que havia acontecido, ficaram com muito medo, e disseram: «De fato, ele era mesmo Filho de Deus!»
55 Grande número de mulheres estavam aí, olhando de longe. Elas haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia, prestando-lhe serviços.
56 Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.
57 Ao entardecer, chegou um homem rico de Arimatéia, chamado José, que também se tornara discípulo de Jesus.
58 Ele foi procurar Pilatos, e pediu o corpo de Jesus. Então Pilatos deu ordem para que o cadáver fosse entregue a José.
59 José, tomando o corpo, o envolveu num lençol limpo, 60 e o colocou num túmulo novo, que ele mesmo havia mandado escavar na rocha. Em seguida, rolou uma grande pedra para fechar a entrada do túmulo, e retirou-se.
61 Maria Madalena e a outra Maria estavam aí sentadas, em frente ao sepulcro.
62 No dia seguinte, um dia depois da Preparação, os chefes dos sacerdotes e os fariseus foram ter com Pilatos,
63 e disseram: «Senhor, nós lembramos que aquele impostor, quando ainda estava vivo, falou: ‘Depois de três dias eu ressuscitarei’.
64 Portanto, mande guardar o sepulcro até o terceiro dia, para não acontecer que os discípulos venham roubar o corpo, e digam ao povo: ‘Ele ressuscitou dos mortos!’ Então essa última mentira seria pior do que a primeira.»
65 Pilatos respondeu: «Vocês têm uma guarda: vão e guardem o sepulcro o melhor que puderem.»
66 Então eles foram manter o sepulcro em segurança: lacraram a pedra, e montaram guarda.
ou
Mateus 27:11-54
11 Jesus foi posto diante do governador, e este o interrogou: «Tu és o rei dos judeus?» Jesus declarou: «É você que está dizendo isso.»
12 E nada respondeu quando foi acusado pelos chefes dos sacerdotes e anciãos.
13 Então Pilatos perguntou: «Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?»
14 Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou vivamente impressionado.
15 Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse.
16 Nessa ocasião tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás.
17 Então Pilatos perguntou à multidão reunida: «Quem vocês querem que eu solte: Barrabás, ou Jesus, que chamam de Messias?»
18 De fato, Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja.
19 Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele: «Não se envolva com esse justo, porque esta noite, em sonhos, sofri muito por causa dele.»
20 Porém os chefes dos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás, e que fizessem Jesus morrer.
21 O governador tornou a perguntar: «Qual dos dois vocês querem que eu solte?» Eles gritaram: «Barrabás.»
22 Pilatos perguntou: «E o que vou fazer com Jesus, que chamam de Messias?» Todos gritaram: «Seja crucificado!»
23 Pilatos falou: «Mas que mal fez ele?» Eles, porém, gritaram com mais força: «Seja crucificado!»
24 Pilatos viu que nada conseguia, e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse: «Eu não sou responsável pelo sangue desse homem. É um problema de vocês.»
25 O povo todo respondeu: «Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos.»
26 Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e o entregou para ser crucificado.
27 Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta de Jesus.
28 Tiraram a roupa dele, e o vestiram com um manto vermelho;
29 depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram dele, dizendo: «Salve, rei dos judeus!»
30 Cuspiram nele e, pegando a vara, bateram na sua cabeça.
31 Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho, e o vestiram de novo com as próprias roupas dele; daí o levaram para crucificar.
32 Quando saíram, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus.
33 E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer «lugar da Caveira.»
34 Aí deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber.
35 Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas dele.
36 E ficaram aí sentados, montando guarda.
37 Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação: «Este é Jesus, o Rei dos Judeus.»
38 Com Jesus, crucificaram também dois ladrões, um à direita e outro à esquerda.
39 As pessoas que passavam por aí, o insultavam, balançando a cabeça,
40 e dizendo: «Tu que ias destruir o Templo, e construí-lo em três dias, salve-te a ti mesmo! Se é o Filho de Deus, desce da cruz!»
41 Do mesmo modo, os chefes dos sacerdotes, junto com os doutores da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus:
42 «A outros ele salvou... A si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz, e acreditaremos nele.
43 Confiou em Deus; que Deus o livre agora, se é que o ama! Pois ele disse: Eu sou Filho de Deus.»
44 Do mesmo modo, também os dois bandidos que foram crucificados com Jesus o insultavam.
45 Desde o meio-dia até às três horas da tarde houve escuridão sobre toda a terra.
46 Pelas três horas da tarde Jesus deu um forte grito: «Eli, Eli, lamá sabactâni?», isto é: «Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?»
47 Alguns dos que aí estavam, ouvindo isso, disseram: «Ele está chamando Elias!»
48 E logo um deles foi correndo pegar uma esponja, a ensopou em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e deu para Jesus beber.
49 Outros, porém, disseram: «Deixe, vamos ver se Elias vem salvá-lo!»
50 Então Jesus deu outra vez um forte grito, e entregou o espírito.
51 Imediatamente a cortina do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu, e as pedras se partiram.
52 Os túmulos se abriram e muitos santos falecidos ressuscitaram.
53 Saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa, e foram vistos por muitas pessoas.
54 O oficial e o soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo o que havia acontecido, ficaram com muito medo, e disseram: «De fato, ele era mesmo Filho de Deus!»
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ANO B, Liturgia da Paixão: Isaías 50:4-9A; Salmo 31:9-16 ; Filipenses 2:5-11; Marcos 14:1-15:47; ou Marcos 15:1-39 [40-47]
Isaías 50:4-9A
4 O Senhor Javé me deu a capacidade de falar como discípulo, para que eu saiba ajudar os desanimados com uma palavra de coragem. Toda manhã ele faz meus ouvidos ficar atentos para que eu possa ouvir como discípulo.
5 O Senhor Javé abriu meus ouvidos e eu não fiz resistência nem recuei.
6 Apresentei as costas para aqueles que me queriam bater e ofereci o queixo aos que me queriam arrancar a barba, e nem escondi o meu rosto dos insultos e escarros.
7 O Senhor Javé me ajuda, por isso não me sinto humilhado; endureço o meu rosto como pedra, porque sei que não vou me sentir fracassado.
8 Ao meu lado está aquele que me defende; quem vai demandar contra mim? Vamos juntos ao tribunal! Quem abriu um processo contra mim? Que venha me enfrentar!
9A Vejam! O Senhor Javé me ajuda: quem vai me condenar?
Salmos Litúrgicos
Livro 1 Sexto Dia: Oração Matutina
Salmo 31:9-16 In te, Domine, speravi
9 Compadece-te de mim, porque estou atribulado; * estão consumidos de tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu corpo.
10 Minha vida está gasta de pesar e os meus anos de suspiros; * por causa da maldade desfalece minha força e meus ossos se consomem.
11 Me tornei uma vergonha por causa de quem é contra mim, especialmente entre minha vizinhança e as pessoas que me conhecem; * quem me via na rua fugia de mim.
12 De mim se esqueceram em seu coração; * sou como um vaso quebrado.
13 Ouvi a difamação de muitos, terror por todos os lados; enquanto consultavam contra mim, * tentaram tirar-me a vida.
14 Mas eu confiei em ti, SENHOR; * eu disse: Tu és o meu Deus.
15 Os meus dias estão nas tuas mãos; * livra-me de quem é contra mim e de quem me persegue.
16 Faz resplandecer tua face sobre quem te serve; * salva-me por tua benignidade.
Filipenses 2:5-11
5* Tenham em vocês os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo:
6 Ele tinha a condição divina, mas não se apegou a sua igualdade com Deus.
7 Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. Assim, apresentando-se como simples homem,
8 humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz!
9 Por isso, Deus o exaltou grandemente, e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome;
10 para que, ao nome de Jesus, se dobre todo joelho no céu, na terra e sob a terra;
11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.
Marcos 14:1-15:47
1 Faltavam dois dias para a festa da Páscoa e para a festa dos Ázimos. Os chefes dos sacerdotes e os doutores da Lei procuravam um modo esperto de prender Jesus e depois matá-lo.
2 Eles diziam: «A fim de que, durante a festa, não haja confusão no meio do povo.»
3 Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso. Enquanto faziam a refeição, chegou uma mulher com um vaso de alabastro, cheio de um perfume de nardo puro, muito caro. Ela quebrou o vaso, e derramou o perfume na cabeça de Jesus.
4 Alguns que aí estavam ficaram com raiva, e comentavam: «Por que desperdiçar esse perfume?
5 O perfume poderia ser vendido por mais de trezentas moedas de prata, que poderiam ser dadas aos pobres.» E criticavam a mulher.
6 Mas Jesus disse a eles: «Deixem-na. Por que vocês a aborrecem? Ela está me fazendo uma coisa muito boa.
7 Vocês terão sempre os pobres com vocês, e poderão fazer-lhes o bem quando quiserem. Mas eu não vou estar sempre com vocês.
8 Ela fez o que podia: derramou perfume em meu corpo, preparando-o para a sepultura.
9 Eu garanto a vocês: por toda a parte, onde a Boa Notícia for pregada, também contarão o que ela fez, e ela será lembrada.»
10 Judas Iscariotes, um dos doze discípulos, foi ter com os chefes dos sacerdotes, para entregar Jesus.
11 Eles ficaram muito contentes quando ouviram isso, e prometeram dar dinheiro a Judas. Então Judas começou a procurar uma boa oportunidade para entregar Jesus.
12 No primeiro dia dos Ázimos, quando matavam os cordeiros para a Páscoa, os discípulos perguntaram a Jesus: «Onde queres que vamos preparar para que comas a Páscoa?»
13 Jesus mandou então dois de seus discípulos, dizendo: «Vão à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao encontro de vocês. Sigam-no
14 e digam ao dono da casa onde ele entrar: ‘O Mestre manda dizer: Onde é a sala em que eu e os meus discípulos vamos comer a Páscoa?’
15 Então ele mostrará para vocês, no andar de cima, uma sala grande, arrumada com almofadas. Preparem aí tudo para nós.»
16 Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito. E prepararam a Páscoa.
17 Ao cair da tarde, Jesus chegou com os Doze.
18 Enquanto estavam à mesa comendo, Jesus disse: «Eu garanto a vocês: um de vocês vai me trair. É alguém que come comigo.»
19 Os discípulos começaram a ficar tristes e, um depois do outro, perguntaram a Jesus: «Será que sou eu?»
20 Jesus lhes disse: «É um dos Doze. É aquele que põe comigo a mão no prato.
21 O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura sobre ele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!»
22 Enquanto comiam, Jesus tomou um pão e, tendo pronunciado a bênção, o partiu, distribuiu a eles, e disse: «Tomem, isto é o meu corpo.»
23 Em seguida, tomou um cálice, agradeceu e deu a eles. E todos eles beberam.
24 E Jesus lhes disse: «Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos.
25 Eu garanto a vocês: nunca mais beberei do fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus.»
26 Depois de terem cantado salmos, foram para o monte das Oliveiras.
27 Então Jesus disse aos discípulos: «Vocês todos vão ficar desorientados, porque a Escritura diz: ‘Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão’.
28 Mas, depois de ressuscitar, eu irei à frente de vocês para a Galiléia.»
29 Pedro declarou a Jesus: «Mesmo que todos fiquem desorientados, eu não ficarei.»
30 Jesus disse a Pedro: «Eu garanto a você: ainda hoje, esta noite, antes que o galo cante duas vezes, você me negará três vezes.»
31 Mas Pedro repetiu com mais força: «Ainda que eu tenha de morrer contigo, mesmo assim não te negarei.» E todos disseram a mesma coisa.
32 Eles chegaram a um lugar chamado Getsêmani. Então Jesus disse aos discípulos: «Sentem-se aqui, enquanto eu vou rezar.»
33 Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a ficar com medo e angústia.
34 Então disse a eles: «Minha alma está numa tristeza de morte. Fiquem aqui e vigiem.»
35 Jesus foi um pouco mais adiante, prostrou-se por terra e pedia que, se fosse possível, aquela hora se afastasse dele.
36 Ele rezava: «Abba! Pai! Tudo é possível para ti! Afasta de mim este cálice! Contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.»
37 Depois Jesus voltou, encontrou os três discípulos dormindo, e disse a Pedro: «Simão, você está dormindo? Você não pôde vigiar nem sequer uma hora?
38 Vigiem e rezem, para não cair na tentação! Porque o espírito está pronto para resistir, mas a carne é fraca.»
39 Jesus se afastou de novo e rezou, repetindo as mesmas palavras.
40 Voltou novamente, e encontrou os discípulos dormindo, porque seus olhos estavam pesados de sono. E eles não sabiam o que dizer a Jesus.
41 Então Jesus voltou pela terceira vez, e disse: «Agora vocês podem dormir e descansar. Basta! Chegou a hora! Eis que o Filho do Homem vai ser entregue ao poder dos pecadores.
42 Levantem-se! Vamos! Aquele que vai me trair já está chegando.»
43 Logo mais, enquanto Jesus ainda falava, chegou Judas, um dos Doze, com uma multidão armada de espadas e paus. Iam da parte dos chefes dos sacerdotes, dos doutores da Lei e dos anciãos do povo.
44 O traidor tinha combinado com eles um sinal, dizendo: «Jesus é aquele que eu beijar. Prendam, e levem bem guardado.»
45 Judas logo se aproximou de Jesus, dizendo: «Mestre!» E o beijou.
46 Então eles lançaram as mãos sobre Jesus, e o prenderam.
47 Mas um dos presentes puxou a espada, e feriu o empregado do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha.
48 Jesus perguntou: «Vocês saíram com espadas e paus para me prender, como se eu fosse um bandido?
49 Todos os dias eu estava com vocês no Templo, ensinando, e vocês não me prenderam. Mas, isso é para se cumprirem as Escrituras.»
50 Então todos fugiram, abandonando Jesus.
51 Um jovem, vestido só com um lençol, estava seguindo Jesus, e eles o prenderam.
52 Mas o jovem largou o lençol, e fugiu nu.
53 Então eles levaram Jesus à casa do sumo sacerdote. E se reuniram todos os chefes dos sacerdotes, os anciãos e os doutores da Lei.
54 Pedro seguiu Jesus de longe, e entrou no pátio da casa do sumo sacerdote. Sentou-se junto com os guardas, e se esquentava junto ao fogo.
55 Ora, os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam contra Jesus algum testemunho, a fim de o condenar à morte. E nada encontraram,
56 porque muitos testemunhavam falsamente contra Jesus, mas os testemunhos deles não estavam de acordo.
57 Alguns se levantaram e testemunharam falsamente contra Jesus,
58 dizendo: «Nós o ouvimos dizer: ‘Vou destruir esse templo feito por homens, e em três dias construirei um outro, que não será feito pelos homens!’»
59 Mas, nem mesmo assim o testemunho deles estava de acordo.
60 Então o sumo sacerdote levantou-se e, no meio de todos, interrogou a Jesus: «Nada tens a responder aos que testemunham contra ti?»
61 Mas Jesus continuou calado, e nada respondeu. O sumo sacerdote o interrogou de novo: «És tu o Messias, o Filho do Deus Bendito?»
62 Jesus respondeu: «Eu sou. E vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do Todo-poderoso, e vindo sobre as nuvens do céu.»
63 Então o sumo sacerdote rasgou as próprias vestes, e disse: «Que necessidade temos ainda de testemunhas?
64 Vocês ouviram a blasfêmia! O que parece a vocês?» Então todos eles decretaram que Jesus era réu de morte.
65 Então alguns começaram a cuspir em Jesus. Cobriram o rosto de Jesus e o esbofeteavam, dizendo: «Faze uma profecia!» E os guardas lhe davam bofetadas.
66 Pedro estava embaixo, no pátio. Chegou então uma criada do sumo sacerdote,
67 e quando viu Pedro se esquentando, olhou bem para ele, e disse: «Você também estava com Jesus Nazareno!»
68 Mas Pedro negou: «Não sei, nem compreendo o que você diz!» E o galo cantou.
69 A criada viu Pedro, e começou a dizer novamente aos que estavam perto: «Esse aí é um deles!»
70 Mas Pedro negou outra vez. Pouco depois, os que estavam junto diziam novamente a Pedro: «É claro que você é um deles, pois você é da Galiléia.»
71 Então Pedro começou a maldizer e a jurar, dizendo: «Nem conheço esse homem de quem vocês estão falando!»
72 Nesse instante, o galo cantou pela segunda vez. Pedro se lembrou de que Jesus lhe havia dito: «Antes que o galo cante duas vezes, você me negará três vezes.» Então Pedro começou a chorar.
Marcos 15:1-47
1 De manhã, os chefes dos sacerdotes, com os anciãos, os doutores da Lei e todo o Sinédrio, prepararam um conselho. Amarraram Jesus, o levaram e entregaram a Pilatos.
2 Pilatos interrogou a Jesus: «Tu és o rei dos judeus?» Jesus respondeu: «É você que está dizendo isso.»
3 E os chefes dos sacerdotes faziam muitas acusações contra Jesus.
4 Pilatos o interrogou novamente: «Nada tens a responder? Vê de quanta coisa te acusam!»
5 Mas Jesus não respondeu mais nada, e Pilatos ficou impressionado.
6 Na festa da Páscoa, Pilatos soltava o prisioneiro que eles pedissem.
7 Nesse tempo, um homem chamado Barrabás estava preso junto com os rebeldes, que tinham cometido um assassinato na revolta.
8 A multidão subiu, e começou a pedir que Pilatos fizesse como costumava.
9 Pilatos perguntou: «Vocês querem que eu solte o rei dos judeus?»
10 Pilatos bem sabia que os chefes dos sacerdotes haviam entregado Jesus por inveja.
11 Porém os chefes dos sacerdotes atiçaram a multidão para que Pilatos soltasse Barrabás.
12 Pilatos perguntou de novo: «O que farei então com Jesus que vocês chamam de rei dos judeus?»
13 Mas eles gritaram de novo: «Crucifique!»
14 Pilatos perguntou: «Mas, que mal fez ele?» Eles, porém, gritaram com mais força: «Crucifique!»
15 Pilatos queria agradar à multidão. Soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus e o entregou para ser crucificado.
16 Então os soldados levaram Jesus para o pátio, dentro do palácio do governador, e convocaram toda a tropa.
17 Vestiram Jesus com um manto vermelho, teceram uma coroa de espinhos e lha puseram na cabeça.
18 Depois começaram a cumprimentá-lo: «Salve, rei dos judeus!»
19 E batiam-lhe na cabeça com uma vara. Cuspiam nele e, dobrando os joelhos, prestavam-lhe homenagem.
20 Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho, o vestiram de novo com as próprias roupas dele, e o levaram para fora, a fim de o crucificarem.
21 Passava por aí um homem, chamado Simão Cireneu, pai de Alexandre e Rufo. Ele voltava do campo para a cidade. Então os soldados obrigaram Simão a carregar a cruz de Jesus.
22 Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota, que quer dizer «lugar da Caveira».
23 Deram-lhe vinho misturado com mirra, mas Jesus não tomou.
24 Eles o crucificaram, e repartiram as roupas dele, fazendo um sorteio, para ver a parte de cada um.
25 Eram nove horas da manhã quando crucificaram Jesus.
26 E aí estava uma inscrição, com o motivo da condenação: «O Rei dos judeus.»
27 Com ele crucificaram dois bandidos, um à direita e outro à esquerda.
28 Desse modo cumpriu-se a Escritura que diz: «Ele foi incluído entre os fora-da-lei.»
29 As pessoas que passavam por aí o insultavam, balançando a cabeça e dizendo: «Ei! Você que ia destruir o Templo, e construí-lo de novo em três dias,
30 salve-se a si mesmo! Desça da cruz!»
31 Do mesmo modo, os chefes dos sacerdotes, junto com os doutores da Lei, zombavam dele dizendo: «a outros ele salvou... A si mesmo não pode salvar!
32 O Messias, o rei de Israel... Desça agora da cruz, para que vejamos e acreditemos!» Os que foram crucificados com Jesus também o insultavam.
33 Ao chegar o meio-dia, até às três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra.
34 Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito: «Eloi, Eloi, lamá sabactâni?», que quer dizer: «Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?»
35 Alguns dos que estavam aí junto, ouvindo isso, disseram: «Vejam, ele está chamando Elias!»
36 Alguém, correndo, encheu de vinagre uma esponja, colocou-a na ponta de uma vara, e deu para Jesus beber, dizendo: «Deixem, vamos ver se Elias vem tirá-lo da cruz!»
37 Então Jesus lançou um forte grito, e expirou.
38 Nesse momento, a cortina do santuário se rasgou de alto a baixo, em duas partes.
39 O oficial do exército, que estava bem na frente da cruz, viu como Jesus havia expirado, e disse: «De fato, esse homem era mesmo Filho de Deus!»
40 Aí estavam também algumas mulheres, olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o menor, e de Joset, e Salomé.
41 Elas haviam acompanhado e servido a Jesus, desde quando ele estava na Galiléia. Muitas outras mulheres estavam aí, pois tinham ido com Jesus a Jerusalém.
42 Ao entardecer, como era o dia da Preparação, isto é, a véspera do sábado,
43 chegou José de Arimatéia. Ele era membro importante do Sinédrio, e também esperava o Reino de Deus. José encheu-se de coragem, foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus.
44 Pilatos ficou admirado que Jesus já tivesse morrido. Chamou o oficial do exército, e perguntou se Jesus já estava morto.
45 Depois de informado pelo oficial, Pilatos mandou entregar o cadáver a José.
46 José comprou um lençol de linho, desceu o corpo da cruz, e o enrolou no lençol. Em seguida, colocou Jesus num túmulo, que tinha sido cavado na rocha, e rolou uma pedra para fechar a entrada do túmulo.
47 Maria Madalena e Maria, mãe de Joset, ficaram olhando onde Jesus tinha sido colocado.
ou
Marcos 15:1-39 [40-47]
1 De manhã, os chefes dos sacerdotes, com os anciãos, os doutores da Lei e todo o Sinédrio, prepararam um conselho. Amarraram Jesus, o levaram e entregaram a Pilatos.
2 Pilatos interrogou a Jesus: «Tu és o rei dos judeus?» Jesus respondeu: «É você que está dizendo isso.»
3 E os chefes dos sacerdotes faziam muitas acusações contra Jesus.
4 Pilatos o interrogou novamente: «Nada tens a responder? Vê de quanta coisa te acusam!»
5 Mas Jesus não respondeu mais nada, e Pilatos ficou impressionado.
6 Na festa da Páscoa, Pilatos soltava o prisioneiro que eles pedissem.
7 Nesse tempo, um homem chamado Barrabás estava preso junto com os rebeldes, que tinham cometido um assassinato na revolta.
8 A multidão subiu, e começou a pedir que Pilatos fizesse como costumava.
9 Pilatos perguntou: «Vocês querem que eu solte o rei dos judeus?»
10 Pilatos bem sabia que os chefes dos sacerdotes haviam entregado Jesus por inveja.
11 Porém os chefes dos sacerdotes atiçaram a multidão para que Pilatos soltasse Barrabás.
12 Pilatos perguntou de novo: «O que farei então com Jesus que vocês chamam de rei dos judeus?»
13 Mas eles gritaram de novo: «Crucifique!»
14 Pilatos perguntou: «Mas, que mal fez ele?» Eles, porém, gritaram com mais força: «Crucifique!»
15 Pilatos queria agradar à multidão. Soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus e o entregou para ser crucificado.
16 Então os soldados levaram Jesus para o pátio, dentro do palácio do governador, e convocaram toda a tropa.
17 Vestiram Jesus com um manto vermelho, teceram uma coroa de espinhos e lha puseram na cabeça.
18 Depois começaram a cumprimentá-lo: «Salve, rei dos judeus!»
19 E batiam-lhe na cabeça com uma vara. Cuspiam nele e, dobrando os joelhos, prestavam-lhe homenagem.
20 Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho, o vestiram de novo com as próprias roupas dele, e o levaram para fora, a fim de o crucificarem.
21 Passava por aí um homem, chamado Simão Cireneu, pai de Alexandre e Rufo. Ele voltava do campo para a cidade. Então os soldados obrigaram Simão a carregar a cruz de Jesus.
22 Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota, que quer dizer «lugar da Caveira».
23 Deram-lhe vinho misturado com mirra, mas Jesus não tomou.
24 Eles o crucificaram, e repartiram as roupas dele, fazendo um sorteio, para ver a parte de cada um.
25 Eram nove horas da manhã quando crucificaram Jesus.
26 E aí estava uma inscrição, com o motivo da condenação: «O Rei dos judeus.»
27 Com ele crucificaram dois bandidos, um à direita e outro à esquerda.
28 Desse modo cumpriu-se a Escritura que diz: «Ele foi incluído entre os fora-da-lei.»
29 As pessoas que passavam por aí o insultavam, balançando a cabeça e dizendo: «Ei! Você que ia destruir o Templo, e construí-lo de novo em três dias,
30 salve-se a si mesmo! Desça da cruz!»
31 Do mesmo modo, os chefes dos sacerdotes, junto com os doutores da Lei, zombavam dele dizendo: «a outros ele salvou... A si mesmo não pode salvar!
32 O Messias, o rei de Israel... Desça agora da cruz, para que vejamos e acreditemos!» Os que foram crucificados com Jesus também o insultavam.
33 Ao chegar o meio-dia, até às três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra.
34 Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito: «Eloi, Eloi, lamá sabactâni?», que quer dizer: «Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?»
35 Alguns dos que estavam aí junto, ouvindo isso, disseram: «Vejam, ele está chamando Elias!»
36 Alguém, correndo, encheu de vinagre uma esponja, colocou-a na ponta de uma vara, e deu para Jesus beber, dizendo: «Deixem, vamos ver se Elias vem tirá-lo da cruz!»
37 Então Jesus lançou um forte grito, e expirou.
38 Nesse momento, a cortina do santuário se rasgou de alto a baixo, em duas partes.
39 O oficial do exército, que estava bem na frente da cruz, viu como Jesus havia expirado, e disse: «De fato, esse homem era mesmo Filho de Deus!»
40 Aí estavam também algumas mulheres, olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o menor, e de Joset, e Salomé.
41 Elas haviam acompanhado e servido a Jesus, desde quando ele estava na Galiléia. Muitas outras mulheres estavam aí, pois tinham ido com Jesus a Jerusalém.
42 Ao entardecer, como era o dia da Preparação, isto é, a véspera do sábado,
43 chegou José de Arimatéia. Ele era membro importante do Sinédrio, e também esperava o Reino de Deus. José encheu-se de coragem, foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus.
44 Pilatos ficou admirado que Jesus já tivesse morrido. Chamou o oficial do exército, e perguntou se Jesus já estava morto.
45 Depois de informado pelo oficial, Pilatos mandou entregar o cadáver a José.
46 José comprou um lençol de linho, desceu o corpo da cruz, e o enrolou no lençol. Em seguida, colocou Jesus num túmulo, que tinha sido cavado na rocha, e rolou uma pedra para fechar a entrada do túmulo.
47 Maria Madalena e Maria, mãe de Joset, ficaram olhando onde Jesus tinha sido colocado.
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ANO C, Liturgia da Paixão: Isaías 50:4-9A; Salmo 31:9-16 ; Filipenses 2:5-11; Lucas 22:14-23:56 ou Lucas 23:1-49
Isaías 50:4-9A
4 O Senhor Javé me deu a capacidade de falar como discípulo, para que eu saiba ajudar os desanimados com uma palavra de coragem. Toda manhã ele faz meus ouvidos ficar atentos para que eu possa ouvir como discípulo.
5 O Senhor Javé abriu meus ouvidos e eu não fiz resistência nem recuei.
6 Apresentei as costas para aqueles que me queriam bater e ofereci o queixo aos que me queriam arrancar a barba, e nem escondi o meu rosto dos insultos e escarros.
7 O Senhor Javé me ajuda, por isso não me sinto humilhado; endureço o meu rosto como pedra, porque sei que não vou me sentir fracassado.
8 Ao meu lado está aquele que me defende; quem vai demandar contra mim? Vamos juntos ao tribunal! Quem abriu um processo contra mim? Que venha me enfrentar!
9A Vejam! O Senhor Javé me ajuda: quem vai me condenar?
Salmos Litúrgicos
Livro 1
Sexto Dia: Oração Matutina
Salmo 31:9-16 In te, Domine, speravi
9 Compadece-te de mim, porque estou atribulado; * estão consumidos de tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu corpo.
10 Minha vida está gasta de pesar e os meus anos de suspiros; * por causa da maldade desfalece minha força e meus ossos se consomem.
11 Me tornei uma vergonha por causa de quem é contra mim, especialmente entre minha vizinhança e as pessoas que me conhecem; * quem me via na rua fugia de mim.
12 De mim se esqueceram em seu coração; * sou como um vaso quebrado.
13 Ouvi a difamação de muitos, terror por todos os lados; enquanto consultavam contra mim, * tentaram tirar-me a vida.
14 Mas eu confiei em ti, SENHOR; * eu disse: Tu és o meu Deus.
15 Os meus dias estão nas tuas mãos; * livra-me de quem é contra mim e de quem me persegue.
16 Faz resplandecer tua face sobre quem te serve; * salva-me por tua benignidade.
Filipenses 2:5-11
5* Tenham em vocês os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo:
6 Ele tinha a condição divina, mas não se apegou a sua igualdade com Deus.
7 Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. Assim, apresentando-se como simples homem,
8 humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz!
9 Por isso, Deus o exaltou grandemente, e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome;
10 para que, ao nome de Jesus, se dobre todo joelho no céu, na terra e sob a terra;
11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.
Lucas 22:14-23:56
14 Quando chegou a hora, Jesus se pôs à mesa com os apóstolos.
15 E disse: «Desejei muito comer com vocês esta ceia pascal, antes de sofrer.
16 Pois eu lhes digo: nunca mais a comerei, até que ela se realize no Reino de Deus.»
17 Então Jesus pegou o cálice, agradeceu a Deus, e disse: «Tomem isto, e repartam entre vocês;
18 pois eu lhes digo que nunca mais beberei do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus.»
19 A seguir, Jesus tomou um pão, agradeceu a Deus, o partiu e distribuiu a eles, dizendo: «Isto é o meu corpo, que é dado por vocês. Façam isto em memória de mim.»
20 Depois da ceia, Jesus fez o mesmo com o cálice, dizendo: «Este cálice é a nova aliança do meu sangue, que é derramado por vocês.
21 Mas vejam: a mão do homem que me atraiçoa está se servindo comigo, nesta mesa.
22 Sim, o Filho do Homem vai morrer, conforme Deus determinou, mas ai daquele homem que o está traindo!»
23 Então os apóstolos começaram a perguntar uns aos outros qual deles iria fazer tal coisa.
24 Entre eles houve também uma discussão sobre qual deles deveria ser considerado o maior.
25 Jesus, porém, disse: «Os reis das nações têm poder sobre elas, e os que sobre elas exercem autoridade, são chamados benfeitores.
26 Mas entre vocês não deverá ser assim. Pelo contrário, o maior entre vocês seja como o mais novo; e quem governa, seja como aquele que serve.
27 Afinal, quem é o maior: aquele que está sentado à mesa, ou aquele que está servindo? Não é aquele que está sentado à mesa? Eu, porém, estou no meio de vocês como quem está servindo.
28 Vocês ficaram comigo em minhas provações.
29 Por isso, assim como o meu Pai confiou o Reino a mim, eu também confio o Reino a vocês.
30 E vocês hão de comer e beber à minha mesa no meu Reino, e sentar-se em tronos para julgar as doze tribos de Israel.»
31 «Simão, Simão! Olhe que Satanás pediu permissão para peneirar vocês como trigo.
32 Eu, porém, rezei por você, para que a sua fé não desfaleça. E você, quando tiver voltado para mim, fortaleça os seus irmãos.»
33 Mas Simão falou: «Senhor, contigo estou pronto para ir até mesmo para a prisão e para a morte!»
34 Jesus, porém, respondeu: «Pedro, eu lhe digo que hoje, antes que o galo cante, três vezes você negará que me conhece.»
35 Jesus perguntou aos apóstolos: «Quando eu enviei vocês sem bolsa, sem sacola, sem sandálias, faltou alguma coisa para vocês?» Eles responderam: «Nada.»
36 Jesus continuou: «Agora, porém, quem tiver bolsa, deve pegá-la, como também uma sacola; e quem não tiver espada, venda o manto para comprar uma.
37 Porque eu lhes declaro: é preciso que se cumpra em mim a palavra da Escritura: ‘Ele foi incluído entre os fora-da-lei’. E o que foi dito a meu respeito, vai realizar-se.»
38 Eles disseram: «Senhor, aqui estão duas espadas.» Jesus respondeu: «É o bastante!»
39 Jesus saiu e, como de costume, foi para o monte das Oliveiras. Os discípulos o acompanharam.
40 Chegando ao lugar, Jesus disse para eles: «Rezem para não caírem na tentação.»
41 Então, afastou-se uns trinta metros e, de joelhos, começou a rezar:
42 «Pai, se queres, afasta de mim este cálice. Contudo, não se faça a minha vontade, mas a tua!»
43 Apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava.
44 Tomado de angústia, Jesus rezava com mais insistência. Seu suor se tornou como gotas de sangue, que caíam no chão.
45 Levantando-se da oração, Jesus foi para junto dos discípulos, e os encontrou dormindo, vencidos pela tristeza.
46 E perguntou-lhes: «Por que vocês estão dormindo? Levantem-se e rezem, para não caírem na tentação.»
47 Enquanto Jesus ainda falava, chegou uma multidão. Na frente vinha o chamado Judas, um dos Doze. Ele se aproximou de Jesus, e o saudou com um beijo.
48 Jesus disse: «Judas, com um beijo você trai o Filho do Homem?»
49 Vendo o que ia acontecer, os que estavam com Jesus disseram: «Senhor, vamos atacar com a espada?»
50 E um deles feriu o empregado do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita.
51 Mas Jesus ordenou: «Parem com isso!» E tocando a orelha do homem, o curou.
52 Depois Jesus disse aos chefes dos sacerdotes, aos oficiais da guarda do Templo e aos anciãos, que tinham ido para prendê-lo: «Vocês saíram com espadas e paus, como se eu fosse um bandido?
53 Todos os dias eu estava com vocês no Templo, e nunca puseram a mão em mim. Mas esta é a hora de vocês e do poder das trevas.»
54 Eles prenderam e levaram Jesus, e o conduziram à casa do sumo sacerdote. Pedro seguia Jesus de longe.
55 Acenderam uma fogueira no meio do pátio, e sentaram-se ao redor. Pedro sentou-se no meio deles.
56 Ora, uma criada viu Pedro sentado perto do fogo. Encarou-o bem, e disse: «Este aqui também estava com Jesus!»
57 Mas Pedro negou: «Mulher, eu nem o conheço.»
58 Pouco depois, outro viu Pedro, e disse: «Você também é um deles.» Mas Pedro respondeu: «Homem, não sou, não.»
59 Passou mais ou menos uma hora, e outro insistia: «De fato este aqui também estava com Jesus, porque é galileu.»
60 Mas Pedro respondeu: «Homem, não sei do que você está falando!» Nesse momento, enquanto Pedro ainda falava, um galo cantou.
61 Então o Senhor se voltou, e olhou para Pedro. E Pedro se lembrou de que o Senhor lhe havia dito: «Hoje, antes que o galo cante, você me negará três vezes.»
62 Então Pedro saiu para fora, e chorou amargamente.
63 Os guardas caçoavam de Jesus e o espancavam.
64 Cobriam-lhe o rosto, e diziam: «Faze uma profecia! Quem foi que te bateu?»
65 E o insultavam de muitos outros modos.
66 Ao amanhecer, os anciãos do povo, os chefes dos sacerdotes e os doutores da Lei se reuniram em conselho, e levaram Jesus para o Sinédrio.
67 E começaram: «Se tu és o Messias, dize-nos!» Jesus respondeu: «Se eu disser, vocês não acreditarão,
68 e, se eu lhes fizer perguntas, não me responderão.
69 Mas de agora em diante, o Filho do Homem estará sentado à direita do Deus Todo-poderoso.»
70 Então todos perguntaram: «Tu és, portanto, o Filho de Deus?» Jesus respondeu: «Vocês estão dizendo que eu sou.»
71 Eles disseram: «Que necessidade temos ainda de testemunho? Nós mesmos ouvimos de sua própria boca!»
Lucas 23:1-56
1 Em seguida, toda a assembléia se levantou, e levaram Jesus a Pilatos.
2 Começaram a acusação, dizendo: «Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar tributo ao imperador, e afirmando ser ele mesmo o Messias, o Rei.»
3 Pilatos interrogou a Jesus: «Tu és o rei dos judeus?» Jesus respondeu, declarando: «É você quem está dizendo isso!»
4 Então Pilatos disse aos chefes dos sacerdotes e à multidão: «Não encontro nesse homem nenhum motivo de condenação.»
5 Eles, porém, insistiam: «Ele está provocando revolta entre o povo, com seu ensinamento. Começou na Galiléia, passou por toda a Judéia, e agora chegou aqui.»
6 Quando ouviu isso, Pilatos perguntou se Jesus era galileu.
7 Ao saber que Jesus estava sob a jurisdição de Herodes, Pilatos o mandou a este, pois também Herodes estava em Jerusalém nesses dias.
8 Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois já ouvira falar a respeito dele, e há muito tempo desejava vê-lo. Esperava ver Jesus fazendo algum milagre.
9 Herodes o interrogou com muitas perguntas. Jesus, porém, não respondeu nada.
10 Entretanto, os chefes dos sacerdotes e os doutores da Lei estavam presentes, e faziam violentas acusações contra Jesus.
11 Herodes e seus soldados trataram Jesus com desprezo, caçoaram dele, e o vestiram com uma roupa brilhante. E o mandaram de volta a Pilatos.
12 Nesse dia, Herodes e Pilatos ficaram amigos, pois antes eram inimigos.
13 Então Pilatos convocou os chefes dos sacerdotes, os chefes e o povo, e lhes disse:
14 «Vocês trouxeram este homem como se fosse um agitador do povo. Pois bem! Eu já o interroguei diante de vocês, e não encontrei nele nenhum dos crimes de que vocês o estão acusando.
15 Herodes também não encontrou, pois mandou Jesus de volta para nós. Como podem ver, ele não fez nada para merecer a morte.
16 Portanto, vou castigá-lo, e depois o soltarei.»
17 Ora, em cada festa de Páscoa, Pilatos devia soltar um prisioneiro para eles.
18 Toda a multidão começou a gritar: «Mate esse homem! Solte-nos Barrabás!»
19 Barrabás tinha sido preso por causa de uma revolta na cidade, e por homicídio.
20 Pilatos queria libertar Jesus, e falou outra vez à multidão.
21 Mas eles gritavam: «Crucifique! Crucifique!»
22 E Pilatos falou pela terceira vez: «Mas que mal fez esse homem? Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte. Portanto, vou castigá-lo, e depois o soltarei.»
23 Mas eles continuaram a gritar com toda a força, pedindo que Jesus fosse crucificado. E a gritaria deles aumentava cada vez mais.
24 Então Pilatos pronunciou a sentença: que fosse feito o que eles pediam.
25 Soltou o homem que eles queriam, aquele que tinha sido preso por revolta e homicídio, e entregou Jesus à vontade deles.
26 Enquanto levavam Jesus para ser crucificado, pegaram certo Simão, da cidade de Cirene, que voltava do campo, e o forçaram a carregar a cruz atrás de Jesus.
27 Uma grande multidão do povo o seguia. E mulheres batiam no peito, e choravam por Jesus.
28 Jesus, porém, voltou-se, e disse: «Mulheres de Jerusalém, não chorem por mim! Chorem por vocês mesmas e por seus filhos!
29 Porque dias virão, em que se dirá: ‘Felizes das mulheres que nunca tiveram filhos, dos ventres que nunca deram à luz e dos seios que nunca amamentaram.’
30 Então começarão a pedir às montanhas: ‘Caiam em cima de nós!’ E às colinas: ‘Escondam-nos!’
31 Porque, se assim fazem com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca?»
32 Levavam também outros dois criminosos, junto com ele, para serem mortos.
33 Quando chegaram ao chamado «lugar da Caveira», aí crucificaram Jesus e os criminosos, um à sua direita e outro à sua esquerda.
34 E Jesus dizia: «Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que estão fazendo!» Depois repartiram a roupa de Jesus, fazendo sorteio.
35 O povo permanecia aí, olhando. Os chefes, porém, zombavam de Jesus, dizendo: «A outros ele salvou. Que salve a si mesmo, se é de fato o Messias de Deus, o Escolhido!»
36 Os soldados também caçoavam dele. Aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre,
37 e diziam: «Se tu és o rei dos judeus, salva a ti mesmo!»
38 Acima dele havia um letreiro: «Este é o Rei dos judeus.»
39 Um dos criminosos crucificados o insultava, dizendo: «Não és tu o Messias? Salva a ti mesmo e a nós também!»
40 Mas o outro o repreendeu, dizendo: «Nem você teme a Deus, sofrendo a mesma condenação?
41 Para nós é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal.»
42 E acrescentou: «Jesus, lembra-te de mim, quando vieres em teu Reino.»
43 Jesus respondeu: «Eu lhe garanto: hoje mesmo você estará comigo no Paraíso.»
44 Já era mais ou menos meio-dia, e uma escuridão cobriu toda a região até às três horas da tarde,
45 pois o sol parou de brilhar. A cortina do santuário rasgou-se pelo meio.
46 Então Jesus deu um forte grito: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.» Dizendo isso, expirou.
47 O oficial do exército viu o que tinha acontecido, e glorificou a Deus, dizendo: «De fato! Esse homem era justo!»
48 E todas as multidões que estavam aí, e que tinham vindo para assistir, viram o que havia acontecido, e voltaram para casa, batendo no peito.
49 Todos os conhecidos de Jesus, assim como as mulheres que o acompanhavam desde a Galiléia, ficaram à distância, olhando essas coisas.
50 Havia um homem bom e justo, chamado José. Era membro do Conselho,
51 mas não tinha aprovado a decisão, nem a ação dos outros membros. Ele era de Arimatéia, cidade da Judéia, e esperava a vinda do reino de Deus.
52 José foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus.
53 Desceu o corpo da cruz, o enrolou num lençol, e o colocou num túmulo escavado na rocha, onde ninguém ainda tinha sido sepultado.
54 Era o dia da preparação da Páscoa, e o sábado já estava começando.
55 As mulheres, que tinham ido com Jesus desde a Galiléia, foram com José para ver o túmulo, e como o corpo de Jesus tinha sido colocado.
56 Depois voltaram para casa, e prepararam perfumes e bálsamos. E no sábado elas descansaram, conforme ordenava a Lei.
ou
Lucas 23:1-49
1 Em seguida, toda a assembléia se levantou, e levaram Jesus a Pilatos.
2 Começaram a acusação, dizendo: «Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar tributo ao imperador, e afirmando ser ele mesmo o Messias, o Rei.»
3 Pilatos interrogou a Jesus: «Tu és o rei dos judeus?» Jesus respondeu, declarando: «É você quem está dizendo isso!»
4 Então Pilatos disse aos chefes dos sacerdotes e à multidão: «Não encontro nesse homem nenhum motivo de condenação.»
5 Eles, porém, insistiam: «Ele está provocando revolta entre o povo, com seu ensinamento. Começou na Galiléia, passou por toda a Judéia, e agora chegou aqui.»
6 Quando ouviu isso, Pilatos perguntou se Jesus era galileu.
7 Ao saber que Jesus estava sob a jurisdição de Herodes, Pilatos o mandou a este, pois também Herodes estava em Jerusalém nesses dias.
8 Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois já ouvira falar a respeito dele, e há muito tempo desejava vê-lo. Esperava ver Jesus fazendo algum milagre.
9 Herodes o interrogou com muitas perguntas. Jesus, porém, não respondeu nada.
10 Entretanto, os chefes dos sacerdotes e os doutores da Lei estavam presentes, e faziam violentas acusações contra Jesus.
11 Herodes e seus soldados trataram Jesus com desprezo, caçoaram dele, e o vestiram com uma roupa brilhante. E o mandaram de volta a Pilatos.
12 Nesse dia, Herodes e Pilatos ficaram amigos, pois antes eram inimigos.
13 Então Pilatos convocou os chefes dos sacerdotes, os chefes e o povo, e lhes disse:
14 «Vocês trouxeram este homem como se fosse um agitador do povo. Pois bem! Eu já o interroguei diante de vocês, e não encontrei nele nenhum dos crimes de que vocês o estão acusando.
15 Herodes também não encontrou, pois mandou Jesus de volta para nós. Como podem ver, ele não fez nada para merecer a morte.
16 Portanto, vou castigá-lo, e depois o soltarei.»
17 Ora, em cada festa de Páscoa, Pilatos devia soltar um prisioneiro para eles.
18 Toda a multidão começou a gritar: «Mate esse homem! Solte-nos Barrabás!»
19 Barrabás tinha sido preso por causa de uma revolta na cidade, e por homicídio.
20 Pilatos queria libertar Jesus, e falou outra vez à multidão.
21 Mas eles gritavam: «Crucifique! Crucifique!»
22 E Pilatos falou pela terceira vez: «Mas que mal fez esse homem? Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte. Portanto, vou castigá-lo, e depois o soltarei.»
23 Mas eles continuaram a gritar com toda a força, pedindo que Jesus fosse crucificado. E a gritaria deles aumentava cada vez mais.
24 Então Pilatos pronunciou a sentença: que fosse feito o que eles pediam.
25 Soltou o homem que eles queriam, aquele que tinha sido preso por revolta e homicídio, e entregou Jesus à vontade deles.
26 Enquanto levavam Jesus para ser crucificado, pegaram certo Simão, da cidade de Cirene, que voltava do campo, e o forçaram a carregar a cruz atrás de Jesus.
27 Uma grande multidão do povo o seguia. E mulheres batiam no peito, e choravam por Jesus.
28 Jesus, porém, voltou-se, e disse: «Mulheres de Jerusalém, não chorem por mim! Chorem por vocês mesmas e por seus filhos!
29 Porque dias virão, em que se dirá: ‘Felizes das mulheres que nunca tiveram filhos, dos ventres que nunca deram à luz e dos seios que nunca amamentaram.’
30 Então começarão a pedir às montanhas: ‘Caiam em cima de nós!’ E às colinas: ‘Escondam-nos!’
31 Porque, se assim fazem com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca?»
32 Levavam também outros dois criminosos, junto com ele, para serem mortos.
33 Quando chegaram ao chamado «lugar da Caveira», aí crucificaram Jesus e os criminosos, um à sua direita e outro à sua esquerda.
34 E Jesus dizia: «Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que estão fazendo!» Depois repartiram a roupa de Jesus, fazendo sorteio.
35 O povo permanecia aí, olhando. Os chefes, porém, zombavam de Jesus, dizendo: «A outros ele salvou. Que salve a si mesmo, se é de fato o Messias de Deus, o Escolhido!»
36 Os soldados também caçoavam dele. Aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre,
37 e diziam: «Se tu és o rei dos judeus, salva a ti mesmo!»
38 Acima dele havia um letreiro: «Este é o Rei dos judeus.»
39 Um dos criminosos crucificados o insultava, dizendo: «Não és tu o Messias? Salva a ti mesmo e a nós também!»
40 Mas o outro o repreendeu, dizendo: «Nem você teme a Deus, sofrendo a mesma condenação?
41 Para nós é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal.»
42 E acrescentou: «Jesus, lembra-te de mim, quando vieres em teu Reino.»
43 Jesus respondeu: «Eu lhe garanto: hoje mesmo você estará comigo no Paraíso.»
44 Já era mais ou menos meio-dia, e uma escuridão cobriu toda a região até às três horas da tarde,
45 pois o sol parou de brilhar. A cortina do santuário rasgou-se pelo meio.
46 Então Jesus deu um forte grito: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.» Dizendo isso, expirou.
47 O oficial do exército viu o que tinha acontecido, e glorificou a Deus, dizendo: «De fato! Esse homem era justo!»
48 E todas as multidões que estavam aí, e que tinham vindo para assistir, viram o que havia acontecido, e voltaram para casa, batendo no peito.
49 Todos os conhecidos de Jesus, assim como as mulheres que o acompanhavam desde a Galiléia, ficaram à distância, olhando essas coisas.
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