William Temple, Arc. de Cantuária - 6 de novembro
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William Temple (15 de outubro de 1881 - 26 de outubro de 1944) foi um um sacerdote anglicano que serviu como Bispo bispo de Manchester (1921-1929), Arcebispo de York (1929-1942) e Arcebispo de Cantuária (1942-1944).
Filho de um arcebispo de Cantuária, teve uma educação tradicional, após a qual foi brevemente professor na Universidade de Oxford antes de se tornar diretor da Repton School, entre 1910 e 1914. Depois, foi pároco em Londres, entre 1914 e 1917 e cônego da Abadia de Westminster
Quando era Bispo de Manchester, trabalhou para melhorar as condições sociais dos trabalhadores e para estreitar os laços com outras igrejas cristãs. Apesar de ser socialista, em 1928, foi nomeado pelo governo conservador como Arcebispo de York.
Era admirado e respeitado por seus escritos eruditos, seu ensino e pregação inspiradores, por sua preocupação constante com os necessitados ou sob perseguição e por sua disposição de defender os governantes em seu país e no exterior[1]
Biografia
Nasceu em 15 de outubro de 1881 em Exeter, Devon. Era o segundo filho de Frederick Temple, que foi bispo de Exeter e, mais tarde, Arcebispo de Cantuária, entre 1896 e 1902. Seu pai tinha 59 anos por ocasião de seu nascimento. Até os 21 anos, viveu em palácios episcopais.
Fez os primeiros estudos na Colet Court e depois estudou na Rugby School, entre 1894 e 1900, onde iniciou amizades duradouras com o futuro historiador R. H. Tawney e com John Leofric Stocks, que seria filósofo.
Em 1900, Temple foi Balliol College (Oxford), onde foi presidente da sociedade de debates e aluno de Edward Caird, que o influenciou com seu idealismo neo-hegeliano. Desse modo, Temple aprendeu a buscar uma síntese em teorias ou ideais aparentemente conflitantes (vide dialética).
Desenvolveu uma profunda preocupação com os problemas sociais, envolvendo-se no trabalho que levava ajuda material e espiritual aos pobres de East End (Londres). Outro interesse duradouro que começou neste período foi sua preocupação em tornar o ensino superior disponível para alunos com capacidade intelectual de todas as origens sociais e econômicas.
Em 1904, após a sua graduação, tornou-se bolsista em Oxford, onde, a partir de outubro passou a ministrar aulas de filosofia. Nessa época, seu tema preferido era a República de Platão. Nessa época fez viagens para o continente europeu, onde manteve contatos com: Rudolf Christoph Eucken, Hans Hinrich Wendt, Adolf von Harnack e Georg Simmel.
Em 1908, tornou-se o primeiro presidente da Associação Educacional dos Trabalhadores, uma instituição de caridade dedicada a oferecer as melhores oportunidades educacionais para todos.
Em 19 de dezembro de 1909, foi ordenado como sacerdote da Igreja Anglicana.
Em 1910, publicou seu primeiro livro, "The Faith and Modern Thought" (A fé e o pensamento moderno).
Em junho de 1910, foi nomeado como diretor da Repton School.
No segundo semestre de 1914, assumiu uma paróquia em West End (Londres).
Em 1916, ele se casou com Frances Gertrude Acland Anson (1890–1984).
Em 1917, se afastou de suas responsabilidades na paróquia, para viajar pelo país em campanha pela independência da Igreja Anglicana, que na época estava totalmente sob o controle do Parlamento Britânico. Nesse ano, ele completou seu maior trabalho filosófico, "Mens Creatrix" (A Mente Criativa).
Em 1918, se juntou ao Partido Trabalhista, ao qual permaneceria filiado por oito anos.
Em junho de 1919, foi nomeando como cônego de Westminster
No final de 1920, foi nomeado como Bispo de Manchester, e tomou posse em 15 de fevereiro de 1921. Nesse cargo, participou ativamente da promoção de medidas de melhoria social.
Em 10 de janeiro de 1929, tomou posse como Arcebispo de York.
Nessa época, dentre outras obras, publicou:
"Nature, Man and God" (1934);
"Readings in St John's Gospel" (1939 e 1940); e
"Christianity and Social Order" (1942), na qual procurou combinar os ensinamentos de Jesus com o socialismo e rapidamente vendeu cerca de 140.000 cópias.
Em 23 de abril de 1942, tomou posse como Arcebispo da Cantuária.
Durante a Segunda Guerra Mundial, apoiou os esforços de guerra para combater as atrocidades de Hitler. Ele criticou os pacifistas ao afirmar que eles eram responsáveis pelas consequências de sua renúncia ao uso da força.
Morreu de ataque cardíaco em 26 de outubro de 1944. Foi o primeiro Arcebispo da Cantuária a ser cremado. Suas cinzas foram enterradas na Catedral da Cantuária, próximo ao túmulo de seu pai.
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