Tirinha para o dia 3 de outubro à noite - Trânsito de São Francisco.
À Noite de 3 de Outubro
O TRÂNSITO - Versão I O oficiante começa
São Francisco morreu ao pôr do sol em 03 de outubro de 1226. Ele recitou o Salmo 142, e durante os penúltimos versos, faleceu. Esse evento é lembrado todo ano por Francisclarianos/as para honrar a entrada no gozo do seu Santo Pai.
Francisco, pobre e humilde entra rico no céu
T - Enquanto os santos e anjos cantam suas canções de louvor.
O Salmo 142 é então recitado pelo oficiante:
142 Voce mea ad Dominum
CLAMO ao Senhor com minha voz, * com minha voz suplico ao Senhor.
2 Derramo minha queixa em sua presença, * diante dele apresento minha angústia.
3 Quando desfalece meu espírito, conheces já a minha vereda; * no caminho, por onde ando, armam-me um laço.
4 Olha para minha direita e vê: * Não há quem me considere.
5 A ti Senhor, clamo dizendo: * Tu és o meu refúgio e meu quinhão, na terra dos seres vivos.
6 Atende ao meu clamor, porque vivo em grande abatimento,* livra-me de quem me persegue, pois são mais fortes do que eu.
7 Tira a minha alma da prisão, para que louve o teu Nome; * e contigo farão coro as pessoas justas, porque me terás feito grande bem. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
T: Como era no princípio é agora e será para sempre, por todos os séculos, Amém
O oficiante continua, com os braços estendidos:
Vamos orar a Deus.
(silêncio)
Oficiante: Oremos. Ó Deus, tu fizeste tua Igreja rica pela pobreza do bem-aventurado Francisco. Ajuda-nos, aqueles/as que se lembram da sua morte, a não confiar em coisas terrestres mas buscar teus dons divinos; por Jesus Cristo nosso Senhor.
T - Amém.
(então a bênção solene é dada, e o sino é tocado 44 vezes):
Oficiante: Às orações dos santos eu os recomendo.
Que a mais pura Virgem, Mãe de Deus, Protetora de todos os
francisclarianos/as, ore por nós.
Que São Francisco, nosso pai, que suportou as marcas do
Senhor Jesus, ore por nós.
Que Santo Antônio, ilustre pregador, ore por nós.
Que São Boaventura, seráfico médico, ore por nós.
Que Santa Clara, fundadora da Ordem Segunda, ore por nós.
Que São Luís, Santa Elizabeth e os santos ilustres
da Terceira Ordem, orem por nós.
Que todos os santos de Deus, orem por nós.
Que os santos anjos possam nos favorecer e
vigiem por nós para nos proteger.
E eu pronunciarei sobre nós a bênção que nosso pai santo,
Francisco, deu ao Irmão Leão, o seu companheiro:
O Senhor + nos abençoe e nos guarde;
O Senhor faça sua face resplandecer sobre nós
e seja gracioso conosco.
O Senhor acenda a luz do seu semblante sobre nós e nos dê a paz.
O Senhor possa nos dar a sua santa bênção.
Amém.
Sinos tocando (parar quando sentir se necessário)
FIM.
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TRÂNSITO - Versão II O oficiante começa:
Todos os anos, na terceira noite de outubro, ritualmente lembramos a passagem de São Francisco de Assis desta vida para Deus. Para revisitar ritualmente a história da passagem de Francisco é vital; sem ela algo significativo está faltando.
Ela especifica a memória viva de Francisco; intensifica o nosso compromisso de seguir a Cristo no caminho do homem pobre de Assis.
Antes de iniciar o ritual, vamos meditar sobre as seguintes leituras e escrituras, descrevendo os últimos dias e horas do nosso Pai São Francisco:
Primeiro Leitor:
Leitura de Tomás de Celano e São Boaventura:
Passou em ação de graças, os poucos dias que ainda restavam até sua morte, ensinando seus filhos muito amados a louvar a Cristo em sua companhia. Ele mesmo, o quanto pôde, entoou o Salmo: “Com minha voz clamei ao Senhor, com minha voz implorei o Senhor,” etc. Convidou também todas as criaturas ao louvor de Deus por meio de palavras que compusera em outros tempos, exortando-as ele mesmo ao amor de Deus. Chegou a exortar para o louvor até a própria morte, terrível e aborrecida para todos, e, correndo alegre ao seu encontro, convidou-a a ser sua hóspede: “Bem-vinda seja, minha irmã morte!” (2 Celano 217).
Ao aproximar-se a hora de seu passamento, fez convocar para si todos os frades existentes no lugar e afagando-os com palavras de consolação por sua morte, exortou-os com afeto paternal ao amor de Deus. Estendeu a fala sobre a paciência, a pobreza, e a fidelidade à Igreja de Roma a serem observadas, colocando o Santo Evangelho à frente de qualquer instituição. A todos os frades, porém, sentados ao seu redor, estendeu sobre eles as mãos com os braços atravessados em cruz, porque gostava sempre deste sinal, em nome e pela
virtude do Crucificado, abençoou a todos os Irmãos, tanto os presentes como os ausentes. Acrescentou ainda: “Sede fortes todos vós, filhos meus, e permanecei sempre no temor do Senhor. E, ao chegar a tentação e a tribulação futura, felizes
os que perseverarem no que começaram. Eu, de minha parte, caminho para Deus, e vos recomendo todos à sua graça.
Terminada esta suave admoestação, o homem caríssimo de Deus mandou trazer-lhe o livro dos Evangelhos e solicitou que lessem do Evangelho de São João o trecho que começa: antes do dia da Páscoa. E, tendo-se cumprido nele todos os
mistérios, sua alma santíssima, havendo-se despregado do corpo e sendo absorvida no abismo da claridade divina, o homem Bem-aventurado adormeceu, afinal, no Senhor. (São Boaventura, Legenda maior, 14.5)
Segundo Leitor:
Leitura do Evangelho de João 13:1-17: (KJ)
1 Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de partir deste mundo para o Pai, e havendo amado os seus próprios que estavam no mundo, ele amou-os até o fim.
2 E, terminada a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse,
3 Jesus, sabendo que o Pai lhe entregara todas as coisas em suas mãos, e que havia saído de Deus, e que ia para Deus,
4 levantou-se da ceia, colocou de lado as suas vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se.
5 Depois, ele pôs água em uma bacia, e começou a lavar os pés dos discípulos, e a limpá-los com a toalha com a qual se cingia.
6 Aproximou-se, então, de Simão Pedro; e Pedro lhe disse: Senhor, tu lavarás os meus pés?
7 Respondeu Jesus e disse-lhe: O que eu faço, tu não o sabes agora, mas depois tu saberás.
8 Disse-lhe Pedro: Tu nunca lavarás os meus pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não lavá-los, tu não tens parte comigo.
9 Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também minhas mãos e a minha cabeça.
10 Disse-lhe Jesus: Aquele que se lavou não necessita de lavar senão seus pés, porque no mais está todo limpo; e vós estais limpos, mas não todos.
11 Porque ele sabia quem o havia de trair; por isso, disse: Nem todos estais limpos.
12 Assim, após ter lavado os seus pés, tomou as suas vestes, e se assentando outra vez, ele disse-lhes: Entendeis o que eu vos tenho feito?
13 Vós me chamais Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou.
14 Se, então, seu Senhor e Mestre vos lavou os pés, vós deveis também lavar os pés uns dos outros.
15 Porque eu vos dei um exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
16 Na verdade, na verdade eu vos digo: O servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou.
17 Se sabeis essas coisas, felizes são os que as praticam.
O SANTÍSSIMA ANIMA
T - O santíssima alma, na tua partida as hostes celestiais vem a teu encontro, o coro angélico regozija e a gloriosa Trindade te dá as boas vindas, dizendo: fica conosco para sempre.
Terceiro Leitor (Repete o Salmo 142):
Salmo 142:
CLAMO ao Senhor com minha voz, * com minha voz suplico ao Senhor.
2 Derramo minha queixa em sua presença, * diante dele apresento minha angústia.
3 Quando desfalece meu espírito, conheces já a minha vereda; * no caminho, por onde ando, armam-me um laço.
4 Olha para minha direita e vê: * Não há quem me considere.
5 A ti Senhor, clamo dizendo: * Tu és o meu refúgio e meu quinhão, na terra dos seres vivos.
6 Atende ao meu clamor, porque vivo em grande abatimento,* livra-me de quem me persegue, pois são mais fortes do que eu.
7 Tira a minha alma da prisão, para que louve o teu Nome; * e contigo farão coro as pessoas justas, porque me terás feito grande bem.
T - O SANTISSIMA ANIMA
O santíssima alma, na tua partida as hostes celestiais vem a teu encontro, o coro angélico regozija e a gloriosa Trindade te dá as boas vindas, dizendo: fica conosco para sempre.
PAI NOSSO, AVE MARIA, GLORIA PATRI:
O Oficiante diz:
Vamos todos nos ajoelhar e repetir o Pai Nosso,
Ave Maria e Gloria Patri cinco vezes, em honra das cinco chagas de S. Francisco.
T - Pai nosso, que estás nos céus. Santificado seja o teu Nome.
Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Perdoa-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal;
pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém.
T - Ave Maria, cheia de graça, que o Senhor esteja contigo;
bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu
ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, ore por nós
pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
T- Glória ao Pai e ao Filho; e ao Espírito Santo; Como era no
princípio, é agora e será sempre, por todos os séculos. Amém.
Oficiante:
Francisco, pobre e humilde, entra no céu como homem rico.
Ele é honrado com os hinos dos bem-aventurados.
Ó Deus, neste dia tu concedeste o prêmio da santa eternidade a
nosso bem-aventurado Pai Francisco; misericordioso concede
que nós que celebramos com terna devoção a memória de sua
morte possamos ter a alegria de gozar de sua bem-aventurada
presença. Por Jesus Cristo teu Filho, nosso Senhor, que vive e
reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre.
Amém.
Bendigamos o Senhor.
Graças a Deus.
Haja Paz na Terra
Haja Paz na Terra, a começar em mim;
Haja Paz na Terra, a começar em mim.
Irmãos nós todos somos, filhos do mesmo Deus.
Juntos pois caminhemos, na paz que vem dos Céus.
A começar em mim, prometo a meu Senhor
Que a cada passo que eu der, e seja onde for,
A cada momento estarei vivendo em plena paz e amor.
Haja Paz na Terra, a começar em mim.
Sinos tocando (parar quando sentir se necessário)
FIM
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